Campanha de reflorestação quer "pintar" de verde a Serra do Caramulo

"Plantar o Caramulo" começará em Março a reflorestar as áreas públicas ardidas na serra.

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O incêndio que apresenta maior área ardida (8752 hectares), começou no concelho de Ponte de Lima e devastou parte da Serra d´Arga. Dato Daraselia

Seis mil árvores vão ser plantadas na Serra do Caramulo no dia 22 de Março, no âmbito de uma campanha de reflorestação lançada nesta quinta-feira em Tondela e que pretende devolver o verde "roubado" pelos incêndios do verão passado.

"Queremos com esta acção congregar um conjunto de movimentos cívicos, de voluntariado, que foram surgindo ao longo destes últimos tempos" na sequência do "grande drama dos incêndios do Caramulo", justificou, em conferência de imprensa, a vereadora da Câmara de Tondela Carla Pires.

Carla Pires lembrou que, dos concelhos abrangidos pela Serra do Caramulo, o de Tondela foi o mais afectado pelos incêndios no verão passado.

A autarquia terá vários parceiros neste projecto, como as Juntas de Freguesias, o Agrupamento de Escolas Tomás Ribeiro, os bombeiros, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Autoridade Nacional de Protecção Civil e o Regimento de Infantaria 14.

Segundo a vereadora, estão disponíveis cerca de seis hectares de área ardida para a plantação. Estão definidos locais na área da União de Freguesias de São João do Monte e Mosteirinho, da freguesia do Guardão, da União de Freguesias de Caparrosa e Silvares e de Santiago de Besteiros.

O projecto "Plantar o Caramulo" tem a partir de hoje disponível uma plataforma digital, onde todos os interessados se podem registar como voluntários, escolher a área que pretendem reflorestar e conhecer os respectivos pontos de encontro do dia 22 de Março.

O presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, avançou que a acção de reflorestação não se esgotará apenas nesta data. "As áreas referidas ficarão licenciadas para plantações de movimentos cívicos, de grupos organizados ou não, para um período de dois anos", explicou, acrescentando que a plataforma digital permitirá "contabilizar todos os agentes disponíveis e afectar-lhes os recursos necessários às várias áreas de plantação".

José António Jesus contou que a Câmara investiu muito tempo para garantir “soluções sustentáveis e duradouras. A tragédia que aconteceu no Caramulo merece todo este envolvimento", considerou.

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