MAS e Livre reúnem-se, mas o euro divide-os

Permanência na moeda única levanta dificuldades no entendimento mais à esquerda. Partido promovido por Rui Tavares é favorável à manutenção de Portugal no euro.

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Livre ainda sabe se poderá concorrer às eleições europeias em Maio Rui Gaudêncio

Há entendimento sobre a necessidade de travar as políticas de austeridade, mas o euro divide os partidos mais à esquerda. Movimento Alternativa Socialista (MAS), liderado por Gil Garcia, e dirigentes do Livre estiveram reunidos esta terça-feira, em Lisboa, e prometem "manter o diálogo para eventuais plataformas de unidade".

O MAS propôs uma "ampla convergência à esquerda" nas eleições europeias marcadas para 25 de Maio. Apesar desta reunião, o Livre, projecto político promovido pelo eurodeputado Rui Tavares, ainda aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional para se constituir como partido e saber se irá a tempo de concorrer às eleições europeias.

Em comunicado, o MAS, liderado pelo ex-bloquista Gil Garcia, diz que no encontro desta terça-feira se constatou, mais uma vez, a necessidade de travar a austeridade. Mas também há "dificuldades". 

"Há convergência face à recusa das medidas de austeridade do Governo mas existem divergências sobre a presença de Portugal no euro. O MAS é adepto de que a manutenção de Portugal no euro contribuiu decisivamente para afundar o país em dívida impagável e desemprego crónico”, afirmam.

O MAS defende mesmo um referendo sobre a manutenção do país na zona euro. E acrescenta que, da parte do Livre, “a opinião é mais favorável à manutenção de Portugal na moeda única”.

O diálogo entre ambos deve, no entanto, continuar. Para já, o MAS teve reuniões de trabalho com o MRPP, PAN e Movimento 3D. O BE recusou um encontro bilateral e, segundo informação enviada ao PÚBLICO, o encontro com o PCP está agendado para o início de Março.  

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