Uma freira de 84 anos foi condenada por um tribunal norte-americano a 35 meses de prisão por ter forçado a entrada nas instalações do complexo nacional de segurança Y-12 em Oak Ridge, no Tennessee, onde está armazenado urânio enriquecido para ser usado na construção de bombas nucleares. No caso, que remonta a Julho de 2012, foram condenadas outras duas pessoas.

A irmã Megan Rice foi condenada nesta terça-feira por destruição de vedações e de algumas paredes do complexo da Defesa dos Estados Unidos e pintura de frases com apelos à paz. A acusação estimou os prejuízos provocados em mais de mil dólares (728 euros).

Além da freira octogenária, o tribunal sentenciou ainda os activistas Michael Walli e Greg Boertje-Obed mas a uma pena de 62 meses de prisão cada um, indica a agência Reuters. Rice, Walli e Boertje-Obed arriscavam uma pena de prisão de até 20 anos.

Segundo o juiz Amul Thapar, citado pela Reuters, a diferença nas penas deve-se ao cadastro de Walli e Boertje-Obed. A irmã Rice “não tem o longo cadastro criminal que os outros [activistas] têm”, sublinhou o magistrado, acrescentando que os crimes cometidos pela freira “são mínimos em comparação aos dos outros arguidos”.

Apesar das acusações de destruição de propriedade, que os três arguidos não negaram, a acção foi pacífica. Quando interpelados por um elemento da segurança do complexo começaram a cantar e ofereceram-lhe comida. Foram detidos em seguida.

O caso, considerado pela acusação um acto de sabotagem, é tido como um embaraço para a segurança de instalações de defesa nacional norte-americanas.