Térmitas servem de inspiração à construção de robôs

Máquinas são capazes de transportar objectos e construir escadas, para chegar a outros locais.

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Os pequenos robôs a fazer uma construção Eliza Grinnell/Harvard SEAS

Uma equipa de investigadores norte-americanos inspirou-se nas térmitas, também conhecidas como formigas-brancas, para idealizar robôs capazes de funcionar de forma autónoma e de realizar construções complexas.

Como os insectos, estes robôs podem transportar, construir ou acrescentar elementos a uma estrutura ou até construir uma escada para chegar a outros locais, explicaram os autores do projecto, cientistas da Universidade de Harvard, no Massachusetts, Estados Unidos.

Os robôs obedecem a instruções básicas para executar um projecto de construção de forma independente, exactamente como as térmitas. O projecto foi apresentado na conferência anual da Associação Americana para o Desenvolvimento da Ciência, a decorrer em Chicago até à próxima segunda-feira.

A maioria dos projectos de construção desenvolvidos por humanos é executada por pessoal qualificado no âmbito de um plano e de uma organização hierarquizada, disse Justin Werfel, do Instituto Wyss de Harvard, um dos principais responsáveis do trabalho, também publicado esta sexta-feira revista Science.

“Normalmente, há um plano detalhado de execução dos trabalhos e os trabalhadores são supervisionados por chefes que lhes dão ordens”, indicou Justin Werfel. “Nas colónias de insectos sociais, a rainha não dá a cada membro instruções individuais. Cada térmita não sabe o que as outras estão a fazer ou o estado da construção” de estruturas complexas, acrescentou o investigador.

As térmitas, como as formigas, coordenam-se em grupo através de um método de comunicação indirecta, designada como “estigmergia”, segundo o qual os elementos comunicam entre si ao modificar o ambiente, explicou a equipa de investigadores, composta por engenheiros informáticos, electrónicos e biólogos.

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