Primeiro-ministro diz que não são precisas mais leis para lidar com praxes

Passos Coelho pede mais atenção a "abusos que possam ter lugar" e que nada têm a ver com "a necessidade de integrar os estudantes"

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho diz que não é necessário criar nova legislação sobre as praxes académicas e defende que a solução passa por uma maior responsabilização das instituições de ensino superior.

“Nós necessitamos, sobretudo, que exista por parte quer das instituições do ensino superior, quer da sociedade em geral, uma consciencialização maior”, defendeu o chefe do Governo, em Vinhais, à margem de uma visita à Feira do Fumeiro.

O primeiro-ministro não crê que, “nesta matéria [praxes], sejam necessárias mais leis”, mas sim uma atenção maior “para os abusos que possam ter lugar e para situações que não têm a ver com a necessidade de integrar os estudantes no meio académico e social onde as instituições se inserem, mas que visam infligir humilhações às pessoas e, por vezes, até ir mais longe do que isso”. Pedro Passos Coelho reagia assim à polémica gerada no país em torno das praxes académicas depois do acidente no Meco, que resultou na morte de seis estudantes.

Para o chefe do Executivo é necessário “que haja um nível de código de conduta e de consciencialização maior do que tem existido” que deve ser garantido por quem “lida com esses fenómenos mais directamente” — órgãos próprios das universidades e dos institutos superiores politécnicos, associações de estudantes ou comissões de praxe.

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