UGT diz que Governo continua sem dar resposta ao desemprego

Central sindical critica a “insensibilidade social” do Executivo por não aproveitar folgas orçamentais para diminuir austeridade.

A UGT defendeu, nesta quarta-feira, que o aumento da taxa de desemprego em 2013 em 0,6 pontos percentuais, para 16,3%, é a prova de que o discurso do Governo era “desadequado face a outros indicadores disponíveis e às reais dificuldades” dos portugueses. A central sindical, liderada por Carlos Silva, diz que o Executivo de Passos Coelho continua sem dar resposta ao desemprego, sobretudo, o de longa duração. E critica a “insensibilidade social” do Governo ao não aproveitar as “folgas orçamentais” para atenuar as políticas de austeridade.

Os valores divulgados pelo INE para o ano de 2013 são, ainda assim, inferiores às previsões do Governo que apontavam para uma taxa de desemprego de 17,4%.  A taxa voltou a cair no último trimestre, atingindo 15,3% da população activa, e pela segunda vez registou uma queda homóloga e trimestral.

“Os dados confirmam as nossas preocupações”, diz a UGT, em comunicado, desvalorizando a descida no quarto trimestre. “Houve em 2013 mais 15,8 mil pessoas desempregadas do que em 2012, alcançando 875,9 mil pessoas”, sublinha. A organização sindical diz ainda que o Governo “continua a não dar respostas a um problema social muito grave - o desemprego de longa duração”.

“No final do ano eram 525 mil os desempregados há mais de um ano, representando já 63% do desemprego total. A situação é ainda mais gravosa se tivermos em conta que a maioria destes não recebe qualquer prestação de desemprego”, afirma.

A UGT diz ainda que apesar da emigração dos jovens e de algumas medidas para estimular o emprego como a Garantia-Jovem, o desemprego mantém-se elevado entre esta população.

 

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