Pelo segundo ano, temporal afecta estufas na Póvoa de Vazim

Uma dúzia de explorações foi afectada, alegadamente por um tornado, na madrugada desta segunda-feira. Algumas das estufas destruídas tinham sido reparadas após um temporal semelhante ocorrido há um ano.

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No ano passado, a ministra da Agricultura visitou as estufas afectadas por um tornado na Póvoa de Varzim. Fenómeno repetiu-se Rui Farinha

O temporal que, na madrugada desta segunda-feira, se fez sentir no concelho da Póvoa de Varzim fez estragos em doze unidades hortícolas da região, causando prejuízos que ascendem a meio milhão de euros. Parte do material já tinha sido danificado, e reparado, após um tornado ocorrido em Janeiro do ano passado.

Desta vez, a intempérie abrangeu uma área de 10 mil metros quadrados, afectando, sobretudo, as freguesias de Aguçadoura e de Estela, destruindo inúmeras estufas e arrasando culturas que seriam colhidas daqui a dois meses, com destino à exportação.

Muitas das explorações e das estufas que foram agora afectadas, já tinham sido arrasadas em Janeiro de 2013 também pelo mau tempo, e reconstruídas nos últimos meses, contando com apoios estatais que há pouco tempo tinham sido recebidos pelos horticultores. Carlos Alberto Lino, presidente da Horpozim – Associação dos Horticultores da Póvoa de Varzim –, pediu, por isso, a colaboração do Estado para reavaliar os apoios.

"Peço a colaboração dos responsáveis do sector para analisar esta situação, porque estes produtores receberam há pouco tempo os apoios para a reconstrução, e, depois de arranjarem as estufas, voltaram agora a ficar com tudo destruído", disse à Lusa o dirigente. Numa primeira avaliação aos estragos, Carlos Alberto Lino contabilizou "200 mil euros só na destruição das estufas", ao que somou "mais de 300 mil euros com a perda total das culturas".

O também produtor desabafou: "Como responsável da associação, vejo-me embaraçado porque não sei o que vou dizer às pessoas. Não temos meios para prestar uma ajuda efectiva". Carlos Lino diz que está em causa "a sobrevivência de empresas familiares" e que os produtores estão "muito desanimados por serem novamente afectados pelo mau tempo, depois de tanto esforço para recuperar as explorações".

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