Poiares Maduro quer mobilizar freguesias para espalhar "espaços de cidadão"

“Queremos promover uma administração de proximidade", afirmou o ministro.

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O ministro Miguel Poiares Maduro concordou com as críticas ao "hibridismo" do financiamento da RTP Miguel Manso

O ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, apelou este domingo ao envolvimento das freguesias para espalhar pelo país os “espaços de cidadão”, um modelo de organização e de relacionamento entre a administração pública e o cidadão.

“Queremos promover uma administração de proximidade e, por isso, contamos com as juntas de freguesia como parceiro de eleição num dos principais programas que vamos levar a cabo com esse objectivo, a disseminação dos espaços do cidadão”, declarou o ministro Poiares Maduro na sessão de encerramento do XIV Congresso da ANAFRE, em Aveiro.

O governante, que foi obrigado a interromper o seu discurso logo que se dirigiu aos congressistas, que o receberam com sonoras e prolongadas vaias, empenhou-se em explicar a mensagem que preparou para os autarcas.

“Queremos cooperar com as freguesias no desenvolvimento deste novo modelo. Os espaços do cidadão vão introduzir entre nós um novo modelo de organização e de relacionamento entre a administração pública e o cidadão”, apelou, explicando que “este modelo retira ensinamentos do muito de bom que existe no modelo das Lojas do Cidadão, mas simplifica-o e aproxima-o ainda mais dos cidadãos, tirando partido da digitalização dos serviços públicos e de parcerias com entidades como as instituições de poder local, incluindo as juntas de freguesia”.

Segundo o ministro, o objectivo desta medida é que ao cidadão seja possível, em todo o país, num único interface com a administração pública, realizar todos os actos que até agora realizava em inúmeros balcões.

“É a administração pública que vai ao encontro do cidadão, em vez de ser este a desdobrar-se para com ela resolver os seus inúmeros problemas quotidianos. É assim porque o Estado deve estar ao serviço do cidadão e não do próprio Estado. E o Estado aqui é a administração central em estreita articulação com a administração local”, revelou ainda.

O ministro disse esperar que “os espaços do cidadão venham a ser o resultado de novos mecanismos de cooperação da administração central com as entidades que estão mais próximas dos cidadãos e que melhor conhecem as suas necessidades, como as juntas de freguesia”.

E proclamou: “Contamos com o poder autárquico para reformar Portugal. Quaisquer que sejam os pontos de vista díspares nas reformas a fazer e que nos separem no início, sabemos que será sempre possível estabelecer pontes, porque todos nos move o mesmo interesse: servir as populações, servir Portugal".
 
 
 

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