Ministro lembra que médicos não devem almoçar com batas vestidas

Paulo Macedo reiterou o empenho do Governo no combate às infecções hospitalares.

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Público (arquivo)

Há alguns anos, o ex-ministro da Saúde Correia de Campos causou surpresa quando, perante uma plateia de médicos, lhes pediu para lavarem as mãos, como forma de prevenção de infecções hospitalares. Esta sexta-feira, também perante uma plateia de clínicos, o actual ministro da Saúde, Paulo Macedo, contou uma história para enfatizar a importância da participação dos médicos no combate a este grave problema.

Paulo Macedo partilhou uma história que um médico lhe relatou e que se passou num refeitório do interior de um hospital. “Todos estavam a almoçar com bata”, apesar de, à entrada do refeitório, um aviso pedir expressamente a estes profissionais para não o fazerem, sublinhou o ministro, citado pela agência Lusa.

Durante as Jornadas de Actualização em Doenças Infecciosas do Hospital de Curry Cabral, em Lisboa, Paulo Macedo reiterou o empenho do Governo de combate às infecções hospitalares e destacou que exigiu aos conselhos de administração e às direcções dos cuidados de saúde primários “todo o apoio” necessário às comissões de controlo de infecções.

Além desta exigência,  frisou que as administrações regionais de saúde devem fazer “um maior esforço para melhor dinamizarem as suas estruturas” neste combate.

À margem das jornadas, o presidente da comissão organizadora do encontro e director do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Curry Cabral, Fernando Maltez, disse que as normas para combate às infecções hospitalares “são conhecidas”.

“A classe médica tem sido suficientemente alertada para isso”, afirmou, recordando que o aumento das infecções hospitalares tem várias razões, como o maior tempo que os doentes permanecem nos hospitais, as manobras mais invasivas ou a idade avançada dos pacientes. Questionado sobre o contributo dos médicos para as infecções hospitalares, o infecciologista admitiu que, “se calhar, há quem falhe”.

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