Hospital do Texas desligou máquinas que mantinham viva mulher grávida

Mulher com morte cerebral estava internada há dois meses. A pedido da família, tribunal ordenou que hospital desligasse as máquinas.

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Marlise, o marido e o filho que hoje tem 15 meses DR

Um hospital do Texas desligou a máquina de uma mulher grávida que estava cerebralmente morta há dois meses. O corpo de Marlise Muñoz foi entregue ao marido, avança a agência Associated Press.

A instituição, o Hospital John Peter Smith (JPS), em Fort Worth (a quinta maior cidade do estado do Texas), foi obrigada ao procedimento depois de uma ordem de um tribunal da cidade.

Marlise Muñoz foi encontrada inconsciente no chão da cozinha há exactamente dois meses. A mulher de 33 anos estava grávida de um feto com 14 semanas, que agora teria 22 semanas mas que apresentava deformidades, de acordo com os advogados da família.

Os pais de Marlise e Erick Muñoz (o marido) pediram a um tribunal que as máquinas fossem desligadas, já que esse seria o desejo da mulher se uma situação destas surgisse. O casal tem outro filho de 15 meses.

O tribunal aceitou o pedido e deu ao hospital até às 17h de segunda-feira para desligar as máquinas. Mas a instituição estava reticente em fazê-lo devido a uma lei do Texas que impede desligar-se máquinas de suporte de vida no caso de mulheres grávidas. No entanto, muitos especialistas alegaram que a lei não se aplica aos casos de morte cerebral.

J.R. Labbe, o porta-voz do hospital, enviou um comunicado ao início da manhã deste domingo onde dizia que o hospital iria cumprir a ordem. A instituição desligou as máquinas que sustentavam a vida de Marlise Muñoz às 11h30 (hora local), de acordo com um comunicado dos advogados de Erick Muñoz, diz a Associated Press.

 

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