Mil obras da colecção da SEC entram no Chiado

Obras de artistas como Júlio Pomar, Lourdes Castro, René Bértholo e Julião Sarmento até hoje dispersas e por estudar.

São mais de mil obras adquiridas pelo Estado desde 1975 e, durante décadas, em vazio tutelar, por estudar e dispersas por gabinetes, embaixadas e outros espaços públicos. Trabalhos de nomes como Júlio Pomar, Lourdes Castro, René Bértholo, Helena Almeida, Julião Sarmento e muitos outros artistas portugueses que passarão agora, “finalmente e de uma vez por todas”, a integrar os acervos do Museu do Chiado, diz o novo director.

No seu gabinete, David Santos tem já os três dossiers em que as obras surgem elencadas por uma equipa de trabalho da DGPC. “Está tudo localizado” aguardando-se agora apenas que a decisão da Secretaria de Estado da Cultura seja publicada em Diário da República, explica ainda este responsável.

Destes mais de mil trabalhos de pintura, desenho, fotografia e escultura só alguns entrarão fisicamente no Chiado. No entanto, todos poderão ser convocados ao museu para serem estudados, restaurados ou integrar exposições, a primeira das quais, exclusivamente dedicada a este núcleo, prevista para 2016.

“Não é a mesma coisa que estarem cá, mas dá margem de manobra. Cumpre lacunas da colecção, por exemplo, nos anos 1960. E falamos de obras da maior parte dos artistas que consideramos fundamentais para a história da arte portuguesa recente.”

Peças de qualidade museológica, diz David Santos que vê esta decisão como um sinal positivo sobre o futuro do Chiado. “Como se vê, nem tudo é mau.” 

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