Eleições para Centro Cultural de Viseu geram de novo polémica

Nove meses depois do acto eleitoral para a direcção do Centro Cultural e Distrital de Viseu ter sido suspenso, a polémica parece estar longe de ser sanada.

O Centro Cultural e Distrital de Viseu (CCVD) vai a eleições no dia 1 de Fevereiro e, para já, está a votos apenas a lista que é subscrita pela actual direcção. O acto eleitoral foi marcado depois de, em Maio de 2013 , a Assembleia Geral que iria eleger os novos órgãos sociais ter sido suspensa por, na altura, ter surgido contestação quando uma segunda lista foi excluída.

Quase nove meses depois, a polémica promete ser a mesma, já que a mesma lista volta a estar “fora” do acto eleitoral e membros de onze associações do Centro Cultural - que subscreveram a lista excluída - reafirmam que a direcção do CCDV não está a respeitar as decisões tomadas na altura.

“Contrariando a deliberação dos associados na última assembleia-geral de 18 de maio de 2013, a direcção do CCDV decidiu, de forma provocatória, não subscrever a lista candidata aos órgãos sociais, submetida por um conjunto de onze associados para votação no acto eleitoral do próximo dia 1, acusam, em comunicado.

Na Assembleia Geral de Maio, recordam os subscritores, foi proposta a anulação do acto eleitoral, a marcação de um novo e  pediu-se que a direcção do CCDV se comprometesse a subscrever qualquer lista que quisesse concorrer. Uma situação que, dizem, não está a ser acatada.

O presidente da direcção do CCDV, Luís Filipe, admitiu que não foi subscrita a lista das onze associações, mas sim uma outra da sua iniciativa, lembrando estar apenas a cumprir os estatutos, que não foram alterados. “Se fosse subscrever todas as listas que aparecessem, estaria a contrariá-los. Não faz sentido que a direcção ande a defender todas as listas”, explicou. Sobre a deliberação aprovada em Maio de 2013, considerou que não tem qualquer validade, porque “foi tomada fora da ordem de trabalhos”.

O CCDV reúne cerca de 200 associações de todo o distrito de Viseu. É responsável pela gestão e manutenção do auditório Mirita Casimiro, uma sala de espectáculos localizada no centro de Viseu e que durante duas décadas foi um equipamento cultural de referência. Nos últimos anos contudo, a sala apenas tem servido para actividades pontuais.

As onze associações que contestam a posição da direcção, vão durante a próxima semana decidir qual a estratégia a seguir, nomeadamente se apresentam ou não uma lista a votos.

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