PJ investiga desaparecimento de bebé de 18 meses na Madeira

Menino estava com os pais e caminhou sozinho para a rua. Hipótese de rapto está em cima da mesa.

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Fotografia da criança que está a ser partilhada no Facebook DR

As buscas para localizar o menino de 18 meses dado como desaparecido desde a tarde de domingo na freguesia do Estreito da Calheta, na zona oeste da Madeira, foram dadas como "terminadas" ao final da manhã desta segunda-feira, sem que haja qualquer indicação sobre o paradeiro do bebé. O caso passou para as mãos da Polícia Judiciária (PJ).

Daniel Freitas Abreu, de 18 meses, louro e de olhos verdes, desapareceu por volta das 14h30 de domingo no Estreito da Calheta, no sítio do Lombo dos Reis Acima, mas o alerta só foi dado cerca de três horas depois. O menino é natural da vila da Calheta mas estava em casa dos padrinhos. De acordo com o Diário de Notícias, que cita a mãe da criança, Daniel estava ao pé dos pais e terá caminhado sozinho para a rua, e quando o pai o foi buscar já não o encontrou.

Nesta segunda-feira, o comandante dos Bombeiros Voluntários da Calheta, João Alegria, afirmou que as buscas iriam ser efectuadas na mesma zona em que ocorreram no domingo, sendo que as autoridades envolvidas – bombeiros, PSP, PJ e GNR – ponderavam "alargar o perímetro". No entanto, ao final da manhã a PJ deu as buscas como "terminadas", uma vez que na zona em volta da casa não há qualquer sinal da criança. “Nada está concluído e todos os cenários estão em aberto” afirmou Eduardo Nunes, coordenador de investigação criminal da PJ do Funchal que esteve na manhã desta segunda-feira no local.

O coordenador regional da PJ garantiu que todos os procedimentos e diligências foram desencadeados na sequência da denúncia de desaparecimento da criança, nomeadamente o alerta junto das autoridades que controlam a entrada e saída de passageiros nos portos e aeroportos do arquipélago. Contactados pelos inspectores na moradia, os familiares serão agora inquiridos na sede da PJ do Funchal no âmbito do inquérito em curso.

As equipas de 23 elementos das corporações dos bombeiros, GNR e PSP percorreram toda a área à volta da casa dos padrinhos da criança, onde esta estava com os pais num convívio familiar, no Lombo dos Reis, não detectando qualquer indício do menino. O cenário de rapto ganha consistência entre familiares do menino desaparecido, a partir de testemunhos de vizinhos que terão ouvido um automóvel parar junto da residência e arrancar de imediato, pouco tempo antes de ser detectado o desaparecimento.

Citados pelo Diário de Notícias, os pais suspeitam que alguém levou a criança, embora digam não ter visto "ninguém estranho" nas redondezas. O tio da criança, Vicente Freitas, proprietário da casa onde a família se encontrava, disse à Lusa que "não era a primeira vez que o Daniel" estava no local. "Não percebemos o que aconteceu", afirmou.

No Facebook circula já um pedido de ajuda, com fotografias do bebé e um número de contacto. Quando desapareceu, o menino vestia umas calças azuis, casaco alaranjado, ténis pretos e tinha uma chupeta vermelha.


 

 

 
 

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