Deputados do PSD questionam ministro da Educação sobre corte de bolsas

Sociais-democratas querem saber se houve “corte drástico no investimento em ciência” ou se o Governo decidiu mudar a estratégia para o sector.

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Deputados querem saber qual a “alternativa” que o Governo está a estudar para as “centenas de investigadores” que ficaram sem bolsa Adriano Miranda

Um grupo de deputados do PSD, entre os quais o líder da JSD, Hugo Soares, e a vice-presidente do partido, Nilza de Sena, questionou o Ministério da Educação e da Ciência sobre a redução das bolsas atribuídas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), querendo saber se se tratou de “um corte drástico no investimento em ciência” ou se foi alterado o “paradigma” do investimento neste sector em favor de outros mecanismos.

Os deputados, entre os quais se contam, além de Nilza de Sousa e Hugo Soares, Duarte Marques, Isilda Aguincha (a coordenadora do PSD na comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura), Maria José Castelo Branco e Pedro Pimpão, pedem mesmo que o ministério lhes faculte um retrato detalhado da atribuição de bolsas nos últimos dez anos, incluindo número de candidatos por ano e instituição, para bolsas individuais de doutoramento, doutoramento em empresas e pós-doutoramento.

No concurso da FCT foram aprovadas 298 bolsas de doutoramento, 16 para doutoramento em empresas, 233 de pós-doutoramento, e ainda 182 bolsas individuais.

O requerimento que os deputados sociais-democratas entregaram no Parlamento lembra que as 729 bolsas atribuídas no último concurso da FCT correspondem a uma descida de quase 40% quando comparadas com as aprovadas em 2012. “Esta tendência, a confirmar-se, coloca dúvidas sobre as diversas declarações prestadas pela secretária de Estado da Ciência nas audições” realizadas na comissão parlamentar acerca do investimento a realizar em ciência, apontam os deputados.

Entre as seis questões colocadas, os deputados querem saber quando é que o ministério tutelado por Nuno Crato tenciona abrir concursos nacionais de menor dimensão para apoio aos candidatos cujos planos de investigação ou percurso de formação não se integram nos programas de doutoramento apoiados pelo concurso recente da FCT ou nos projectos de investigação em curso. E qual a “alternativa” que o Governo está a estudar para as “centenas de investigadores” que, apesar de as suas candidaturas terem classificação de “excelente” ou “muito bom”, viram recusada a sua bolsa.

Por último, também pretendem esclarecimentos sobre casos em que os candidatos recorreram dos resultados mas não obtiveram resposta.
 
 
 
 
 
 
 
 

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