Governo confirma nova avaliação financeira para vender TAP

Companhia de aviação chegou a Novembro com lucros de 8,5 milhões de euros.

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Segundo dia de greve dos tripulantes de cabina da Portugália marcado para domingo Paulo Ricca

O Governo confirmou nesta quinta-feira que pediu aos assessores financeiros uma nova avaliação da TAP para poder relançar a privatização da companhia. Dados a que o PÚBLICO teve acesso mostram que o negócio de aviação do grupo gerou lucros de 8,5 milhões de euros até Setembro, invertendo os prejuízos registados no mesmo período de 2012.

Tal como o PÚBLICO tinha noticiado esta semana, os quatro assessores escolhidos pelo Estado (Citigroup, Barclays Capital, Besi e Crédit Suisse) já informaram a administração da empresa que vão proceder à actualização do dossier para relançar o processo.

A melhoria nos resultados da transportadora aérea dá “um estímulo para [se considerar] que a privatização poderá acontecer em 2014”, embora tal decisão “dependa do ambiente competitivo” que se gerar em redor do processo, referiu a mesma fonte, reiterando o que já tem vindo a ser afirmado nos últimos meses.

Por ambiente competitivo entende-se o número e qualidade dos potenciais compradores que surgirem para comprar a empresa. Tal como o PÚBLICO noticiou, Frank Lorenzo, antigo accionista e presidente da Continental Airlines, foi um dos investidores que manifestaram interesse na privatização da TAP. Na segunda reunião que manteve com a administração da companhia, também esteve presente o empresário português Miguel Pais do Amaral, que está igualmente a analisar este dossier.

Na corrida mantém-se igualmente o milionário sul-americano Gérman Efromovich, cuja oferta foi recusada em Dezembro de 2012, levando à suspensão da venda da transportadora aérea. O Governo acredita que não há margem para um novo fracasso na privatização a TAP e, por isso, quer garantias de que, quando relançar o processo, será bem-sucedido.

Os dados mostram ainda que, até Setembro, as receitas da companhia de aviação cresceram 2,1%, para 1863 milhões de euros. Já a dívida da transportadora aérea diminuiu 6,8%, para 802,8 milhões de euros.

Estes números dizem apenas respeito ao negócio da aviação, excluindo outras participadas do grupo, como a unidade de manutenção no Brasil, deficitária, que afastou potenciais investidores na primeira ronda da privatização. Em breve, a TAP deverá divulgar os resultados globais relativos a 2013. 

A transportadora aérea tinha divulgado, recentemente, um aumento de 5% no número de passageiros transportados no ano passado, para um total de 10,7 milhões.

 
 
 
 

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