Turista dinamarquesa violada por um grupo de homens na Índia

A lei de Março de 2013 para endurecer as penas contra agressores não fez diminuir o número de vítimasde violência sexual na Índia.

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Nova violação e acção da polícia gerou onda de indignação na Índia Mansi Thapliyal/Reuters

Uma turista dinamarquesa apresentou queixa na terça-feira por violação colectiva em Nova Deli. A mulher de 51 anos disse que foi espancada, roubada e violada por um grupo de oito homens no centro da capital indiana, disseram fontes policiais, citada pela agência AFP.

Segundo o relato da turista à polícia, os homens levaram-na para um lugar isolado onde a violaram, depois de a mulher lhes ter perguntado pela direcção do seu hotel depois de se ter perdido na zona comercial de Connaught Place, no centro de Nova Deli.

Os violadores que estavam armados com facas, roubaram dinheiro e um iPad à turista, segundo a acusação. Depois da agressão sexual, a mulher conseguiu chegar ao seu hotel e o director do mesmo, Amit Bah, chamou a polícia e ligou para a embaixada dinamarquesa.

De acordo com o jornal The Times of India, a mulher encontrava-se sozinha na Índia por uma semana, onde chegou a Nova-Deli na segunda-feira após ter visitado o Taj Mahal em Agra.

“A vítima ficou traumatizada mas, no entanto, foi capaz de lembrar a sequência do crime", disse um oficial da polícia à AFP sob condição de anonimato. A polícia registou o seu testemunho na presença do embaixador e interrogou 15 suspeitos pela agressão sexual.

Esta nova agressão sexual acontece dez dias após uma suposta outra agressão a uma mulher polaca que disse ter sido violada e drogada por um taxista enquanto se deslocava para a capital com a sua filha de dois anos.

Uma estudante também foi violada no domingo por oito homens em Ranchi (leste), enquanto um amigo seu foi raptado, relata o Hindustan Time.

A violação colectiva de uma jovem indiana em Dezembro de 2012,que acabaria por morrer vítima do brutal ataque, suscitou um debate sem precedentes acerca da situação da mulher e, levou o parlamento nacional a aprovar em Março de 2013 uma lei para endurecer as penas contra agressores sexuais.

A nova legislação que estipula uma sentença mínima de 20 anos para violações em grupo, prevê a possibilidade da prisão perpétua, bem como a pena de morte no caso de a vítima morrer ou ser deixada em estado vegetativo.

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