Benfica explica retirada de cachecóis de outros clubes da estátua de Eusébio

Em comunicado, os “encarnados” afirmam que os objectos eram “susceptíveis de sofrerem indevida vandalização”.

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Os cachecóis de outros clubes foram retirados Nuno Ferreira Santos

O Benfica emitiu nesta terça-feira um comunicado para tentar explicar os motivos que levaram os “encarnados” a retirar os cachecóis de outros clubes que foram colocados junto à estátua de Eusébio.

A controvérsia surgiu pouco depois de começar a circular nas redes sociais uma fotografia em que se via um dos seguranças que estavam junto da estátua de Eusébio, no Estádio da Luz, a retirar do local cachecóis que não eram do Benfica. A indignação em torno do gesto levou o clube “encarnado” a emitir um comunicado. Afinal, a ideia era proteger aqueles objectos.

Segundo o Benfica, verificaram-se durante a noite de terça-feira “tentativas de vandalização de alguns cachecóis e outros materiais depositados junto à estátua de Eusébio”, comportamento que o Benfica qualifica de “actos mesquinhos perpetrados por um pequeno grupo de pessoas”.

De acordo com o comunicado dos benfiquistas, foi para salvaguardar todas as ofertas depositadas junto à estátua de Eusébio — até à montagem da estrutura de protecção ontem [segunda-feira] anunciada, em entrevista, pelo presidente Luís Filipe Vieira — que todos os materiais susceptíveis de serem vandalizados “foram recolhidos, bem como muitos outros depositados na porta 1, incluindo ainda os cachecóis que foram atirados para o carro funerário”. O clube da Luz garante ainda que, “em breve, voltarão a ser depositados, devidamente protegidos, no seu local de origem”.

Numa entrevista à RTP, anteontem à noite, Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, explicou que a direcção a que preside vai transformar o local em que a estátua de Eusébio se encontra num memorial fechado com “acrílico ou vidro”. “O que está ali foi tão espontâneo. O Benfica tem a obrigação de não permitir que aquilo seja desmanchado. E não vai ser”, afirmou.

Vieira disse ainda que tem a intenção de dar o nome do antigo internacional português ao centro de estágio do clube, no Seixal, quando o protocolo de patrocínio com a Caixa Geral de Depósitos terminar, ao mesmo tempo que esclareceu não estar nos planos o baptismo do Estádio do Sport Lisboa e Benfica, vulgarmente conhecido por Estádio da Luz, com o nome do antigo futebolista.

O presidente benfiquista anunciou ainda o desejo de decretar um ano de luto no clube, revelando também que, na próxima época, todas as camisolas do Benfica terão a imagem de Eusébio.

Vieira qualificou ainda de “lógica” a ida de Eusébio para o Panteão Nacional. Uma opinião secundada durante o dia de ontem pela Federação Portuguesa de Futebol, através do seu presidente, Fernando Gomes.

Também nesta terça-feira, o CDS-PP anunciou que vai propor na Câmara Municipal de Lisboa que seja atribuído o nome de Eusébio a um “espaço relevante” da capital, não especificando qual, “Pode ser uma avenida, pode ser uma rua, desde que tenha dignidade, ou um jardim”, avançou Telmo Correia, presidente da distrital de Lisboa dos centristas. PÚBLICO

 
 
 

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