Decisão "irrevogável", potencial "inconstitucional" ou tributo ao "bombeiro" à frente na votação da Palavra do Ano

Votação para escolha do vocábulo do ano, promovida pela Porto Editora, termina esta terça-feira e estes são os mais fortes candidatos à vitória.

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A lista tem dez vocábulos, mas há três que estão na frente na corrida que termina esta terça-feira à meia-noite para eleger a Palavra do Ano de 2013: “bombeiro”, “inconstitucional” e “irrevogável” são as três mais votadas até agora no site da Porto Editora, que há cinco anos promove esta escolha. Em 2012, ficámos “entroikados”. Em 2013 prestar-se-á uma homenagem aos bombeiros que viveram um ano difícil, lembrar-se-á a decisão “irrevogável” de Paulo Portas ou o potencial “inconstitucional” de decisões do Governo?

A votos desde o início de Dezembro, são dez as candidatas a Palavra do Ano: “bombeiro", "corrida”, "papa”, “swap”, “co-adopção”, “pós-troika”, “piropo”, “grandolada”, “inconstitucional” e “irrevogável”. Paulo Rebelo Gonçalves, da Porto Editora, disse esta terça-feira ao PÚBLICO que, a poucas horas de terminar a votação, “’bombeiro’, ‘inconstitucional’ e ‘irrevogável’ são as mais fortes candidatas a vencerem a votação para a Palavra do Ano 2013. Estão bem distantes das restantes palavras: ‘co-adopção’, ‘corrida’, ‘grandolada’, ‘Papa’, ‘piropo’, ‘pós-troika’ e’ swap’”.

Há cinco anos que a editora lança esta votação com o objectivo de “enaltecer o património da língua portuguesa, sublinhando a importância das palavras e dos seus diferentes sentidos no nosso quotidiano”. Este ano, foram ouvidos os utilizadores que quisessem fazer sugestões online de vários vocábulos e, depois, oito linguistas do Departamento de Dicionários da editora fazem a escolha final.

"A primeira análise das palavras é feita por meios informáticos que fornecem dados estatísticos de frequência de uso dos vocábulos e, num segundo passo, a intervenção é linguística", dizia no início do mês a Porto Editora ao PÚBLICO.

Quase terminado o prazo de votação, “temos pela frente duas hipóteses: uma derradeira e espontânea homenagem dos portugueses aos bombeiros”, diz Paulo Gonçalves, “ou a consagração da importância da agenda política no nosso quotidiano através da vitória ou de inconstitucional ou de irrevogável — ainda que o simples facto de estas duas palavras estarem no top três das mais votadas seja já bastante eloquente”.

Em 2012, a escolha foi então para “entroikado” (um dos casos em que, como nova palavra, o vocábulo foi depois incluído no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora), antecedida por “austeridade”, “vuvuzela” e “esmiuçar”. A Palavra do Ano de 2013 será anunciada esta sexta-feira, 3 de Janeiro, às 11h, na Biblioteca Municipal José Saramago, em Loures.
 
 

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