Câmara de Sintra cria conselhos estratégicos

Basílio Horta nomeou Nunes Correia e João Talone para dirigir duas estruturas consultivas e anunciou a eliminação de 13 cargos de chefia, mais um do que o previsto pelo seu antecessor.

Um antigo ministro do Ambiente do Governo socialista de José Sócrates, Nunes Correia, e o empresário João Talone vão dirigir os novos conselhos estratégicos da Câmara de Sintra para as áreas ambiental e empresarial, duas estruturas consultivas criadas pelo presidente da autarquia, Basílio Horta (PS).

De acordo com o autarca, o município e o Ministério do Ambiente vão assinar um protocolo que visa a integração de representantes do ministério no Conselho Estratégico Ambiental, que será coordenado por Nunes Correia. Desta forma, o novo conselho ambiental integrará elementos da empresa municipal de higiene pública, dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento da Agência Portuguesa do Ambiente, do Parque Natural Sintra-Cascais, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), do Instituto de Conservação da Natureza e do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

Basílio Horta disse também à agência Lusa que o empresário João Talone (sócio-fundador da empresa Magnum Capital e antigo presidente executivo da Energias de Portugal – EDP) vai presidir ao Conselho Estratégico Empresarial, que será integrado por “empresários nacionais e locais”, por associações empresariais, bem como por entidades sindicais.

O autarca adiantou que Nunes Correia e João Talone deverão tomar posse em Janeiro e que nenhum dos cargos será remunerado.

As duas estruturas consultivas, bem como a reestruturação orgânica da Câmara de Sintra, foram aprovadas na sexta-feira pela assembleia municipal. Esta reformulação consiste na fusão e extinção de departamentos municipais e termina com 13 cargos de chefia que, de 63, passam para 50, menos um do que estava previsto pelo anterior executivo, liderado pelo social-democrata Fernando Seara, que viesse a acontecer até 2015.

De acordo com o presidente do município, esta reestruturação “simplifica o processo decisório dentro da câmara, desburocratiza as decisões, responsabiliza de uma maneira mais clara os dirigentes e poupa dinheiro ao orçamento, porque corta 13 dirigentes”. “Portanto, simplifica, desburocratiza, responsabiliza e poupa. Estas são as quatro palavras que definem esta reestruturação”, afirmou Basílio Horta.
 
 

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