Mil bandeiras da União Europeia desaparecidas na Ucrânia

As bandeiras estavam em Kiev há quatro dias, mas Duarte Marques não conseguiu distribuí-las. Estas divisas da União Europeia estão desde quarta-feira na alfândega ucraniana, à espera de serem liberadas. Sem sucesso.

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Durante o protesto foram queimadas bandeiras da União Europeia, dos EUA e da NATO ANDREJ ISAKOVIC/AFP

“É estranho que tenham chegado na quarta-feira e como é que não foram entregues no sítio devido”, admite o deputado Duarte Marques, a partir da capital da Ucrânia. O parlamentar português discursou este domingo na Praça da Independência.

A entrega das bandeiras serviria como “um gesto simbólico” de apoio aos manifestantes que protestam contra o recuo do Governo do país em relação à aproximação à União Europeia. Mas isso não impediu o discurso de Duarte Marques e de um eurodeputado alemão também presente a convite de dois partidos da Ucrânia.<_o3a_p>

De acordo com o deputado do PSD e ex-presidente da JSD, a manifestação – que, segundo relatos no local, juntou 40 mil pessoas – tem sido pacífica. Além dos partidos da oposição, Duarte Marques relata a presença no protesto de membros do partido do poder e também de responsáveis das mais variadas confissões religiosas – cristãos ortodoxos, católicos e muçulmanos. Na sua intervenção, defendeu a “partilha de valores” europeus e a ideia de que a Europa se estende de Lisboa a Luhansk.<_o3a_p>

A adesão ao protesto, de acordo com os relatos provenientes de Kiev, está a ser menor que em outras ocasiões. Nos três domingos anteriores, as manifestações atraíram centenas de milhares de pessoas à praça.<_o3a_p>

Esta manifestação deveria oferecer respostas relacionadas com a futura estratégia da oposição. “Os manifestantes fizeram tudo o que podiam. Agora é a oposição [os seus líderes] que deve trabalhar nos bastidores, para enfraquecer o poder”, sublinhou Ostap Nikitine, um estudante de Kiev, à agencia noticiosa AFP.

Vassyl Goulii, de 49 anos, um empresário de Ternopil, criticou a Europa, que, segundo diz, não foi suficientemente firme após a violência policial do fim de Novembro contra os manifestantes em Kiev. “A Europa podia fazer pressão sobre o poder, mas abandonou a Ucrânia”, declarou. “A oposição deve agir mais activamente”, defendeu.<_o3a_p>
 
 
 
 
 

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