O primeiro-ministro considerou que o trabalho de aproximação realizado com o PS sobre o IRC é positivo e reconheceu que Governo e socialistas tiveram de colocar "divergências de lado". Para o líder do PS, o acordo é uma "prenda de Natal para as pequenas e médias empresas.

"Julgo que o trabalho realizado é positivo e deverá merecer do líder do PS e da minha parte uma avaliação final que resultará, é a minha confiança, num resultado positivo para o país", disse Passos Coelho aos jornalistas esta quarta-feira à noite, no lanche de Natal do grupo parlamentar do PSD.

O primeiro-ministro disse não querer entrar em pormenores "sem estar acertado com o PS", mas realçou que o trabalho realizado com os socialistas foi "muito positivo" e que permitirá ter "um entendimento alargado para esta reforma, em que evidentemente quer da parte do PS quer da parte do Governo teve de haver concessão".

Apesar da reserva por parte do PSD - o grupo parlamentar optou por não falar aos jornalistas sobre um acordo com o PS, Passos admitiu que nesta fase foi "importante" colocar "as divergências de lado" para "dizer aos investidores que este é um tempo para ajudar a economia e criar emprego".

Do lado do PS, António José Seguro considerou que o acordo é "uma prenda de Natal" para as pequenas e médias empresas. O compromisso alcançado "é uma boa notícia, uma prenda de Natal para as pequenas e médias empresas, que representam mais de 75% do emprego do país e mais de 90% do tecido empresarial". 

As propostas entregues esta quarta-feira na comissão serão votadas quinta-feira na especialidade e submetidas a votação final global na sexta-feira. O secretário-geral do PS disse esperar que a votação de sexta-feira resulte em "novos incentivos às pequenas e médias empresas do país".

"Tudo indica que na sexta-feira será um grande dia para as pequenas e médias empresas, que terão a sua taxa de impostos reduzida em 30%, passando de 25 para 17% para os primeiros 15 mil euros de lucro", reforçou o líder socialista.