Más reformas

O país anda à procura de grandes reformas ou mesmo de uma grande reforma do Estado. Mas antes de nos aventurarmos a pensar novas e magnas transformações, o exercício de olhar retrospectivamente para tentativas de reforma que já foram feitas é suficiente para nos quebrar o ânimo.

A auditoria do Tribunal de Contas (TdC) à aplicação do programa da troika é, a esse título, exemplar. Nem mais troikista nem menos troikista do que a troika. Nada disso. O Governo continua a seguir a velha cartilha nacional de agendar objectivos que não consegue cumprir ou mesmo, segundo o TdC, de assumir números errados como ponto de partida.

Isto no que toca ao PREMAC e à ambição de reformar o Estado, à qual o Governo promete dar um segundo fôlego na reforma anunciada por Paulo Portas. A ser assim, o segundo fôlego é para recuperar o que não se avançou em tempo devido.

À lista das más práticas, o TdC aproveita ainda para avançar outra: a dificuldade em disponibilizar informação suficiente. As velhas tradições demoram a morrer. Mesmo num Governo mais troikista do que a troika.
 
 
 
 

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