O leilão de Kiev já tem um preço

Enquanto o mundo assiste às contradições entre as promessas de diálogo de Viktor Ianukovich e o uso da força e violência para reprimir as manifestações pacíficas dos pró-europeus em Kiev, eis que o regime, supostamente democrático, coloca uma nova carta em cima da mesa – ou melhor, um preço.

Entre as duas escolhas que neste momento se colocam à Ucrânia – um acordo de comércio e cooperação com a União Europeia ou um aprofundamento das relações a leste, nomeadamente através da entrada do país na união aduaneira dominada pela Rússia –, eis que primeiro-ministro, Mikola Azarov, resolve lançar um leilão. Kiev pede 20 mil milhões por ano, até 2017, para assinar o acordo de cooperação. É uma espécie de "assinamos com quem nos pagar mais".

O preço para cortar o cordão umbilical com a Rússia não pode ser dinheiro, ou pelo menos não só. Tem de ser a vontade do povo. E também do povo que se está a manifestar nas ruas.
 
 
 

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