Produção na construção caiu 15,9%, ligeiramente menos que no mês anterior

Análise de conjuntura da FEPICOP revela uma melhoria das opiniões dos empresários.

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Embora de forma ligeira, queda da construção abranda.

A produção na construção caiu 15,9% em Outubro em termos homólogos, registando um ligeiro abrandamento face ao mês de Setembro, que foi de 16%, revelou esta quarta-feira o INE.

Outros indicadores, como o do emprego e das remunerações também melhoraram ligeiramente em Outubro. O emprego caiu 14,1% a remuneração 12,2. Em Setembro, os mesmos indicadores tinham caído 15% no emprego e 14,5% nas remunerações.

A produção da Engenharia Civil caiu menos em Outubro (16,5%), em termos homólogos, do que em Setembro (16,6%).

O INE explica que estes índices constituem uma nova série estatística, que tem como base o ano de 2010 e uma nova amostra de empresas.

A análise de conjuntura da FEPICOP-Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas, que anda uma mês mais adiantada que o INE, refere que em Novembro continuou a verificar-se ”a manutenção da tendência de recuperação das opiniões dos empresários da Construção, embora os índices de que os mesmos fazem eco persistam em níveis extremamente reduzidos.

O relatório da FEPICOP destaca que “o Índice relativo à Carteira de Encomendas registou, nos últimos dois meses e depois de 18 meses em queda, uma variação positiva”.

O documento avança também uma recuperação da actividade assegurada pelas empresas nos últimos 12 meses no segmento não residencial, que contrasta com um forte decréscimo na área residencial, e uma estabilização nas obras públicas.

Em sentido contrário, salienta-se a quebra acumulada, desde o início do ano e até Outubro, de 25,2% do consumo do cimento, o que torna expectável o alcance de um novo mínimo histórico, depois do obtido em 2012 e que é até à data o pior dos últimos 39 anos.

No segmento do emprego, o destaque vai para o facto de a construção ter assegurado, no terceiro trimestre de 2013, 288.900 postos de trabalho, menos 66.800 que em igual período do ano anterior.

Em termos acumulados desde 2002, foram eliminados 319.693 empregos na actividade, o que traduz uma redução de 53% da força de trabalho do sector. Já o desemprego oriundo da Construção verificou, em Outubro e pelo oitavo mês consecutivo, uma diminuição homóloga de 6,6%, tendo o número de desempregados passado de 100.141, em 2012, para 93.493, em 2013, queda em parte explicada pela emigração, pelas aposentações e pelas perdas de subsídio de desemprego.

Até final de Outubro foram adjudicadas obras públicas no valor de 775,8 milhões de euros, o que traduz uma quebra de 27,8% face aos mil milhões adjudicados há um ano atrás.

No mesmo mês, o valor dos concursos abertos subiu, no entanto, ligeiramente (1,6%) em termos homólogos, de 1497 milhões de euros para 1536 milhões.

De Janeiro a Setembro do corrente ano, foram emitidas apenas 6948 licenças de construção, ou seja, menos 29,6% em termos homólogos acumulados. A redução é ainda mais acentuada na construção de habitação nova, com uma quebra de 35,3% dos fogos licenciados.

Contudo, verifica-se no 3º trimestre, e pela primeira vez desde o 2º trimestre de 2010, um aumento homólogo de 6,3% no número de fogos licenciados.
 

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