Jay Z lidera nas nomeações e Maria João Pires está também na lista dos Grammy 2014

O autor de Magna Carta Holy Grail tem nove nomeações. Maria João Pires está na lista dos Melhores Intépretes a Solo

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Abundam as nomeações de Jay Z para os Grammys 2014, mas curiosamente o rapper não tem o último álbum entre os seus preferidos REUTERS/Luke MacGregor

Depois de surgir na lista de nomeados em 2009, Maria João Pires volta a integrar os Grammys. Tal como há quatro anos, surge na categoria Melhor Intérprete a Solo. A nomeação surge através do álbum Schubert:Piano Sonatas D 845 & D 960, editado em Fevereiro pela Deutsche Grammophon e que integra as sonatas 16 em Lá menor e 21 em Si bemol maior do compositor austríaco.

A pianista portuguesa foi um dos nomes conhecidos entre as várias dezenas que integram as muitas categorias em que se dividem os prémios da indústria musical americana. Na apresentação dos nomeados, sexta-feira no Nokia Theater, em Los Angeles, Estados Unidos, LL Cool J, nome histórico do hip hop foi, muito a propósito, o anfitrião. Muito a propósito porque foi outro nome histórico do hip hop, Jay Z, a recolher o maior número de nomeações. O recente autor de Magna Carta Holy Grail, o seu álbum de 2013, surge em nove categorias. Curiosamente, num post do passado dia 4, publicado no seu blog Life And Times, em que hierarquizava a sua discografia, Jay Z colocou o seu último álbum num discreto sexto lugar – Reasonable Doubt, a estreia em 1996, é o seu preferido.

Logo atrás de Jay Z, omnipresente nas categorias Rap mas ausente das principais, surgem Kendrick Lamar, Macklemore & Ryan Lewis, Pharrell Williams e Justin Timberlake, cada um deles com sete nomeações.

No Grammy mais desejado, o de Álbum do Ano, encontramos The Blessed Unrest, de Sara Bareilles, Random Access Memories, dos Daft Punk, Good Kid, M.A.A.D City, de Kendrick Lamar, The Heist, de Macklemore & Ryan Lewis, e Red, de Taylor Swift. Para Gravação do Ano, outra categoria nobre, dado ser generalista e não se cingir a um género específico, foram nomeados Get Lucky, dos Daft Punk, com a colaboração de Pharrell Williams, Radioactive, dos Imagine Dragons, Royals, de Lorde, Locked Out Of Heaven, de Bruno Mars, e Blurred Lines, de Robin Thicke, com a participação de T.I. e Pharrell Williams. Quanto à Canção do Ano, que distingue os compositores e não necessariamente os intérpretes, sairá dos seguintes nomeados: Just give me a reason (interpretada por Pink), Locked out of heaven (Bruno Mars), Roar (Katy Perry), Same love (Macklemore & Ryan Lewis) e Royals (Lorde).

Esta última, a jovem cantora de 17 anos que se tornou em 2013 um sucesso global e que foi, em Novembro, considerada pela Time a adolescente mais influente mundialmente, está nomeada em duas outras categorias (Melhor Performance Pop Individual e Melhor Álbum Pop Vocal) mas estranhamente ausente das nomeações para Revelação do ano. Nela encontramos um dos possíveis vencedores da cerimónia a ter lugar no Staples Center, em Los Angeles, a 26 de Janeiro, o sete vezes nomeado Kendrick Lamar, ao lado de James Blake, Macklemore & Ryan Lewis, Kacey Musgraves e Ed Sheeran.

No outro extremo da pirâmide etária encontramos os Black Sabbath. A banda que regressou este ano com 13, álbum para o qual contribuíram três dos seus membros fundadores, Ozzy Osborne, Tony Iommi e Geezer Butler (apenas o baterista Bill Ward ficou de fora), está nomeada para três categorias, Melhor Álbum Rock, Melhor Performance de Metal e Melhor Canção Rock (com God is dead?). Na primeira delas, os autores de Paranoid têm a concorrência dos jovens Kings Of Leon (com Mechanical Bull) e de vários outros veteranos: David Bowie (com The Next Day), Led Zeppelin (Celebration Day), Neil Young & Crazy Horse (Psychedelic Pill) e os um pouco mais novos, já veteranos ainda assim, Queens Of The Stone Age (...Like Clockwork).


Homenagem a Carole King e aos Beatles
Ausência notada é a de Justin Timberlake na categoria de Álbum do Ano. O músico e actor, distinguido com seis Grammys ao longo da carreira, está nomeado em sete categorias, mas o seu The 20/20 Experience não figura nos candidatos ao Grammy mais desejado.

Na cerimónia de Janeiro será homenageada Carole King, vencedora de três Grammys em 1972, o ano em que editou Tapestry. E os Beatles terão direito a um tributo no dia seguinte ao anúncio dos vencedores. Ainda não são conhecidos os músicos que participarão na homenagem, sabendo-se apenas que a ocasião servirá para celebrar os 50 anos da histórica actuação dos Fab Four no Ed Sullivan Show, vista em 1964 por um então recorde de 74 milhões de telespectadores.

Foi um momento decisivo para a carreira da banda e um dos marcos da cultura popular do século XX – não por acaso, o espectáculo tem por título The Night That Changed America: A Grammy Tribute to The Beatles [A Noite que Mudou a América: Um Tributo dos Grammy aos Beatles]. O concerto acontecerá dia 27 de Janeiro e será transmitido pela CBS a 9 de Fevereiro, o mesmo dia em que os Beatles actuaram originalmente no Ed Sullivan Show.
 

Notícia actualizada às 17h05
 
 
 

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