Deputados do PCP estão no Algarve para defender Estado Social

Jornadas parlamentares decorrem na região onde os comunistas só elegeram um deputado.

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João Oliveira Miguel Manso

Os deputados do PCP reúnem-se hoje e amanhã no Algarve no âmbito das jornadas parlamentares subordinadas ao tema “Defender os serviços públicos e as funções sociais do Estado, combater a política de atraso no país e de agravamento das desigualdades e injustiças”.

João Oliveira, eleito líder parlamentar há dois meses, estará ao comando das operações da bancada comunista, depois de 12 anos de liderança de Bernardino Soares, agora presidente da Câmara Municipal de Loures.

“Houve uma recomposição e até renovação do grupo parlamentar, mas penso que a manutenção da exigência e rigor do trabalho estará à altura do desafio”, disse João Oliveira ao PÚBLICO quando questionado sobre a saída de Honório Novo, um dos deputados mais antigos da bancada comunista e sobre a responsabilidade acrescida das suas novas funções.

Os trabalhos dos deputados arrancam hoje, com a abertura marcada para o Museu Municipal de Faro onde, além de João Oliveira, intervirá o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa. No Algarve, onde o PCP só elegeu o deputado Paulo Sá, que se tem destacado na comissão parlamentar de inquérito aos swaps, os comunistas têm agendadas reuniões com o reitor da Universidade do Algarve, com a administração do Hospital de Portimão, com o presidente do Turismo algarvio ou com a comissão de trabalhadores da subcomissão da ANA, no aeroporto de Faro.

No Sotavento, os deputados do PCP farão ainda uma visita à Ria Formosa, onde têm agendados encontros com pescadores e mariscadores, em Olhão, e com responsáveis dos Estaleiros Navais do Guadiana, em Vila Real de Santo António.

João Oliveira destacou a importância desta deslocação a Sul “quando o Algarve sai das notícias”, ou seja, no Inverno. "É uma região onde são muito evidentes as consequências económicas e sociais do pacto da troika que o Governo tem cumprido à risca. E numa altura em que acaba de ser aprovado o Orçamento do Estado é ainda mais urgente denunciar os problemas e apresentar alternativas em relação aos serviços públicos, funções sociais do Estado, agricultura e pescas, transportes e investimento público”, concluiu o líder parlamentar.
 
 
 
 

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