Professores vão acampar junto à Universidade de Coimbra contra a prova de avaliação

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Os professores escolheram um "local simbólico" da universidade Nelson Garrido

Um grupo de professores vai acampar na noite de segunda-feira junto à Universidade de Coimbra, em protesto contra a prova de avaliação e o silêncio das faculdades e escolas que formam docentes.

Reunidos durante a tarde de em Coimbra, cerca de meia centena de docentes do movimento 'Professores contra a Prova, pela Escola Pública' decidiram "fazer um acampamento na Praça D. Dinis, em Coimbra", na noite de segunda para terça-feira, disse à agência Lusa André Pestana, um dos responsáveis do movimento.

A escolha daquele "local simbólico, em plena Universidade de Coimbra", para a realização do acampamento de protesto contra a prova de avaliação de professores, recentemente anunciada pelo Ministério da Educação, também visa manifestar descontentamento dos professores perante o silêncio das universidades e escolas que formam docentes, sublinhou André Pestana.

"Esta prova também põe em causa a validade da competência das faculdades e das escolas superiores que formam os professores", sustentou aquele responsável, afirmando que não compreende "o silêncio nomeadamente dos reitores" das universidades portuguesas.

O movimento 'Professores contra a Prova, pela Escola Pública' apela aos reitores e dirigentes das escolas superiores que "rompam o silêncio" e, por outro lado, desafiam os professores a não se inscreverem na prova de avaliação, que classificam como "uma humilhação".

"Se os professores não estão preparados, que se fiscalizem as escolas que os formam", pede André Pestana, salientando que se o problema existe, ele "tem de ser combatido a montante".

Além de apelar aos docentes para não se inscreverem na prova de avaliação, o movimento vai promover a formação de "cordões humanos à volta das escolas" onde e enquanto se realizarem realizar as avaliações, disse André Pestana.Os participantes na reunião deste sábado, em Coimbra, oriundos das regiões Centro, de Lisboa e de Braga, reafirmaram a sua intenção de "continuarem a participar também em todas as acções contra a prova de avaliação promovidas pelos sindicatos".

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