Unidade de Saúde de Azevedo, em Campanhã, reabre “terça ou quarta-feira”

Espaço encerrou a 4 de Novembro, por razões de segurança.

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Vistoria da câmara e ARSN concluiu que o edifício seria recuperável em apenas três semanas Adriano Miranda

A unidade de saúde de Azevedo, em Campanhã, no Porto, deverá reabrir ao público na “terça ou quarta-feira” da próxima semana, disse ao PÚBLICO fonte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN).

“O prazo-limite da execução da obra era o dia 22 [de Novembro], por isso esperamos que elas fiquem concluídas sexta-feira. Mas, eventualmente, poderá haver uma parte residual dos trabalhos que terá de ser concluída no sábado”, explica a mesma fonte. A data de reabertura da unidade de saúde – cujo encerramento motivou várias manifestações populares, levando à intervenção directa da Câmara do Porto – está dependente do dia em que a obra seja entregue à ARSN.

Fonte deste organismo explica: “Depois das obras é preciso efectuar limpeza e a colocação dos equipamentos e pessoas. Por isso, se recebermos a obra na sexta-feira, a unidade de saúde abrirá na terça-feira. Se só a recebermos na segunda-feira, o espaço abre na quarta-feira.”

Os utentes de Azevedo foram confrontados, no passado dia 1 de Novembro, uma sexta-feira, com um aviso colocado na porta da unidade de saúde anunciando que, “por motivos relacionados com a segurança do edifício e como medida de precaução”, o espaço já não abriria as portas na segunda-feira seguinte, dia 4 de Novembro.

O dia foi marcado por protestos e por reuniões, em que participaram o presidente da Junta de Freguesia de Campanhã, Ernesto Santos, e o vereador da Habitação e Acção Social da Câmara Municipal do Porto, Manuel Pizarro, para tentar encontrar uma solução diferente da proposta pela ARSN – a deslocação dos utentes para outros centros de saúde da freguesia, de difícil acesso, face à ausência de transportes públicos. No dia 4, técnicos da ARSN e da Câmara do Porto inspeccionaram o edifício e concluíram que as deficiências não eram estruturais, pelo que o espaço poderia reabrir com segurança, assim que fossem realizadas obras.

 

Extensão da Afurada fecha por um mês

A ARSN também esclareceu nesta quinta-feira que "nunca esteve, nem está em causa" o encerramento da Extensão de Saúde da Afurada, Gaia, a não ser pelo período necessário à realização de obras "imprescindíveis" ao seu normal funcionamento. "Contrariamente aos receios demonstrados pela junta de freguesia e população locais, nunca esteve nem está em causa o encerramento da Extensão de Saúde da Afurada, a não ser pelos motivos e prazos aqui invocados", refere.

O esclarecimento surgiu depois de, na quarta-feira, a CDU ter instado a Câmara de Gaia a pronunciar-se sobre o motivo de aquele centro de saúde estar encerrado desde o início deste mês.

Em comunicado enviado nesta quinta-feira à Lusa, a ARSN refere que, à semelhança de procedimentos adoptados com outras unidades, periodicamente "equipas técnicas desta ARS efectuam vistorias no sentido de aferiram da necessidade, ou não, de serem efectuadas operações de desparasitação ou outras intervenções (impermeabilizações, pequenas obras de reparação, outras) que, na oportunidade, se manifestam necessárias e imprescindíveis ao normal funcionamento".

No que respeita à Extensão de Saúde da Afurada, no início do corrente mês, foi decidido proceder-se ao encerramento da mesma, inicialmente apenas para uma operação de desparasitação que, segundo a equipa técnica, apenas perduraria por um período de, aproximadamente, 15 dias. Contudo, refere a ARSN, "aquando da visita em questão, a mesma equipa deparou-se com ligeiros focos de infiltração de águas pluviais, para além da operação atrás mencionada". "O conselho directivo da ARSN entendeu, por essa razão, ser necessário efectuar igualmente as obras de reparação referidas, motivo pelo qual se prevê que o encerramento possa vir a ter a duração, aproximada, de um mês", acrescenta.
 
 
 
 

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