António Costa conhece na próxima semana planos para Metro de Lisboa e Carris

Presidente da Câmara de Lisboa vai reunir-se com membros do Governo para falar sobre os transportes da capital.

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António Costa reivindica para as autarquias competências ao nível dos transportes públicos Nuno Ferreira Santos

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, anunciou nesta quinta-feira que vai reunir-se na próxima semana com o Governo para ficar a conhecer os planos do Executivo para as empresas de transportes públicos da capital.

"Tenho uma reunião na próxima semana com o senhor ministro da Economia e com o senhor secretário de Estado dos Transportes e vou ouvir do Governo qual a sua posição actual sobre o processo", afirmou António Costa à Lusa.

Escusando-se a comentar a entrevista do administrador da Carris e do Metropolitano de Lisboa, Luís Barroso, publicada na edição desta quinta-feira do Diário Económico, António Costa disse que até ao encontro com os governantes não pretende pronunciar-se sobre o assunto e lembrou que a sua posição é "conhecida".

Na entrevista, Luís Barroso indicou que as concessões do Metro e da Carris vão avançar em 2014 para a totalidade das operações e que os interessados vão poder concorrer às duas empresas.

Transportes ao serviço da cidade
António Costa, no seu discurso de tomada de posse para o seu terceiro mandato à frente da Câmara de Lisboa, defendeu que os transportes públicos devem estar "ao serviço da cidade (...) e das suas populações" e que "não são um negócio para vender a preço de ocasião" a pretexto da redução de uma dívida "que não pára de aumentar".

A dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) Anabela Carvalheira já anunciou, entretanto, que os trabalhadores das duas empresas vão "manter a sua luta" para "dificultar o mais possível" a concessão.

A sindicalista lembrou que os anúncios do Governo de concessionar as duas empresas de transportes a operar em Lisboa já ocorreram em 2012 e 2013, mas sem os concretizar. "Eles continuam a dizer que o vão fazer em 2014, os trabalhadores cá estarão para fazer o seu trabalho de dificultar o mais possível esta situação, mantendo a sua luta", garantiu Anabela Carvalheira.

Segundo a sindicalista, a resposta dos funcionários pode passar por "todas as formas de luta que decidirem e mandatarem as organizações sindicais".

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