Troço nascente da Av. da Boavista reabriu ao trânsito, mas vêm aí mais obras

Empreitada global está dividida em seis fases e deverá custar sete milhões de euros.

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A Avenida da Boavista, no Porto, reabriu totalmente ao trânsito, depois de cerca de seis meses de encerramento do seu troço nascente. As duas intervenções correspondentes à 1.ª das seis fases de obra previstas estão concluídas, mas o interregno para os automobilistas deverá ser curto.

Desde o passado sábado que quem quer entrar na Avenida da Boavista pela Praça Mouzinho de Albuquerque (vulgarmente chamada Rotunda da Boavista) já não precisa de fazer uma série de desvios. O troço entre a rotunda e a Rua de Agramonte está pronto, depois de ter ficado também concluída, a 28 de Outubro, a intervenção realizada nesta rua adjacente, na parte compreendida entre as ruas da Meditação e de Gonçalo Sampaio.

E é precisamente nas vias adjacentes à Avenida da Boavista que as obras vão agora prosseguir, tendo já a Câmara do Porto emitido um aviso de condicionamento de estacionamento, na Rua de Agramonte, e de proibição de circulação (excepto cargas e descargas e acesso a garagens), na Rua da Meditação, até 31 de Janeiro do próximo ano.

A empreitada, dividida em seis fases, está a ser desenvolvida pela empresa municipal GOP – Gestão de Obras Públicas e começou no final de Julho – apesar de o troço nascente da avenida ter sido cortado ainda em Junho, para trabalhos preparatórios. Lançada ainda no mandato de Rui Rio, a obra global está orçada em sete milhões de euros e deve prolongar-se por mais de um ano.

Segundo a assessoria de imprensa da câmara, o calendário inicialmente previsto deverá ser mantido, com partes da avenida a serem sucessivamente requalificadas. Assim, a 2.ª fase, já em curso, deverá implicar quatro meses de trabalhos e prolongar-se até Fevereiro. Esta fase engloba “duas outras intervenções, uma na Rua da Meditação e outra na Rua de Agramonte, entre a Avenida da Boavista e a Rua da Meditação”, explica a mesma fonte.

Obra concluída em Janeiro de 2015
Seguem-se três meses de trabalho no troço entre a Rua de Agramonte e a Rua de Guerra Junqueiro (entre meados de Fevereiro e meados de Maio); quatro meses para requalificar a avenida entre Guerra Junqueiro e a Rua de António Cardoso (com conclusão prevista para meados de Setembro); dois meses para avançar até à Rua de Bessa Leite (obras que devem estar prontas daqui a um ano); e mais três meses para levar os trabalhos para lá do cruzamento com a Rua de João Grave. A obra, diz a câmara, deverá “estar concluída em Janeiro de 2015”.

O troço agora requalificado dotou a artéria de ciclovias em ambos os sentidos, junto aos passeios, acrescentou novas árvores ao espaço e permitiu a instalação de depósitos de resíduos sólidos urbanos. Além disso, foi aberto um novo acesso ao parque de estacionamento subterrâneo da Casa da Música, que facilitará a entrada e saída da casa de espectáculos a quem chega ali vindo da avenida, ou pretende abandonar a zona pelo mesmo caminho. Para já, só está a funcionar a entrada no parque, esperando-se ainda pela abertura da rampa de saída.

O ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, tinha a intenção de lançar a empreitada no início deste ano, mas a demora na obtenção do necessário visto do Tribunal de Contas atrasou o processo. Em Maio, o autarca fez ainda aprovar um empréstimo de três milhões de euros cujo destino, em parte, era a intervenção que pretende uniformizar a avenida.

O troço poente da Boavista foi intervencionado em 2008, numa obra polémica que custou 800 mil euros ao município e que levou a oposição a acusar Rui Rio de estar a preparar a avenida para as corridas do Circuito da Boavista.

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