Crato perdeu a batalha dos reitores

A menos que seja encenação, e nada o indica, a atitude dos reitores das universidades públicas portuguesas perante o Governo é uma clara derrota para Nuno Crato. O ministro de Educação, que tanto tem insistido em resultados de excelência e em bitolas aparentemente mais altas para o ensino, acaba de perder, num só golpe, o apoio do Conselho Nacional de Reitores para o processo de reorganização de rede do ensino superior. Não só: o Conselho de Reitores fechou também a porta ao diálogo com o Governo: se os cortes no financiamento vão muito além do pressuposto (e invocam uma reunião de Agosto), então cortam eles próprios relações com o Governo, acusando a tutela de “absoluta e inédita” falta de disponibilidade para dar explicações e de “sistemática violação da autonomia universitária”. Se Crato queria esticar a corda, partiu-a. E isso há-de reflectir-se futuro do ensino superior em Portugal.

 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar