Como investir nos CTT

O PÚBLICO esclarece as principais questões relacionadas com a oferta pública de venda de 70% do capital da empresa

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Venda arrancou nesta terça-feira e vai prolongar-se até 2 de Novembro PÚBLICO/Arquivo

Quem pode comprar acções? Do capital à venda, 20% (ou seja, 21 milhões de acções) estão destinados aos pequenos investidores (15% a particulares e 5% a actuais e antigos trabalhadores, desde que estes últimos tenham estado pelo menos três anos no grupo CTT). Outros 70% serão colocados junto de grandes investidores, restando uma parcela de 10% que ficará reservada na Parpública, por motivos de estabilização de preço, mas que também deverá ser alienada àquele grupo.

Quando podem ser adquiridas?
A oferta arrancou ontem e vai prolongar-se até às 15h de 2 de Novembro. Será dividida em duas fases, em que a primeira terminará a 25 de Novembro e será mais vantajosa para os investidores, visto que beneficia de um rateio superior. A segunda fase começa a 26 de Novembro, dia a partir do qual as ordens de compra de acções deixam de ser revogáveis.<_o3a_p>

Qual é o preço?<_o3a_p>
Foi definido um intervalo entre um mínimo de 4,10 euros e um máximo de 5,52 euros por acção. O preço definitivo será fixado a 3 de Dezembro, cabendo essa decisão ao Governo. Os trabalhadores vão ter direito a um desconto de 5%.<_o3a_p>

Há limitações na compra?<_o3a_p>
Sim. Os investidores particulares só podem no máximo adquirir 25.000 acções e os trabalhadores 2500.<_o3a_p>

Quando será a entrada em bolsa?
A data prevista é 5 de Dezembro.

Quando podem ser vendidas as acções?<_o3a_p>
Para o retalho e grandes investidores, não há constrangimentos. Já os trabalhadores só podem alienar as acções após 90 dias. Esse prazo termina a 5 de Março.<_o3a_p>

Quais são os riscos deste investimento?<_o3a_p>
Investir numa operação deste tipo é muito diferente de fazer um depósito a prazo, uma opção mais segura e com rendimentos fixos. Neste caso, as mais-valias são geradas em função da evolução das acções em bolsa, que podem subir ou descer, e dos dividendos pagos pela empresa. Há ainda custos associados à compra e manutenção das acções, como as comissões pagas aos bancos. Para mais informações, é fundamental consultar o prospecto divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. <_o3a_p>

A empresa vai pagar dividendos?<_o3a_p>
Prevê-se que pague 60 milhões de euros em 2014, embora apenas se tal for aprovado pelos órgãos sociais dos CTT. Nos anos seguintes, espera-se que atribua pelo menos 90% dos lucros aos accionistas.<_o3a_p>

O Estado vai continuar na empresa?<_o3a_p>
Para já, manterá 30% do capital, mas a intenção é vender a totalidade dos CTT a privados. No entanto, só poderá fazê-lo 270 dias após a oferta, ou seja, em meados de Agosto de 2014.

Em quanto está avaliada a empresa?
Tendo em conta o preço médio do intervalo definido pelo Governo (4,81 euros), os CTT foram avaliados em 721,5 milhões de euros. Se a base for o preço mínimo, de 4,10 euros, essa avaliação desce para 615 milhões, subindo para 828 milhões, tendo como referência o preço máximo (5,52 euros).

Como têm sido os resultados dos CTT?
Os últimos indicadores conhecidos, relativos a Setembro de 2013, mostram que os lucros da empresa subiram 27,7% para 45,2 milhões, face ao mesmo período do ano passado. Os rendimentos operacionais continuam a descer, fruto das quedas registadas no principal negócio do grupo (serviços postais), e a dívida aumentou 12,2%, para 212,1 milhões de euros.
 

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