Cuidados continuados em saúde mental não arrancaram

Serviços de Psiquiatria da Infância e da Adolescência às vezes só têm médico, não têm enfermeiros nem psicólogos e assistentes sociais.

Pelo menos desde 2009 que está prevista a criação de unidades de cuidados continuados para pessoas com problemas em saúde mental, só no primeiro ano chegaram a estar previstas 1400 vagas. Mas até agora nada, admite o director do Programa Nacional para a Saúde Mental, Álvaro Carvalho.

Por exemplo, na área da infância e adolescência está previsto arrancarem uma unidade residencial para crianças com doença mental grave, em Lisboa, e uma unidade sócio-ocupacional para adolescentes, em Idanha. Estão também previstas equipas de apoio domiliciliário, mas as restrições financeiras têm adiado a criação destas unidades no âmbito da rede de cuidados continuados que neste momento só tem oferta para doenças físicas, diz. No final de 2016 chegou a prever-se haver resposta para cinco mil pessoas.

O Plano de Saúde Mental prevê que, até 2016, todos os hospitais centrais passem a ter serviços de Psiquiatria da Infância e da Adolescência. Nesta área, os progressos têm sido maiores, diz o responsável. Em 2007 havia apenas 20 serviços com esta valência, agora existem em 36 dos 41 serviços locais de saúde mental. Mas o psiquiatra admite que muitos deles funcionam de forma deficitária, às vezes só têm médico, não têm enfermeiros, faltando também a presença de psicólogos e assistentes sociais. 
 

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