Juízes apelam a intervenção de Cavaco e não avançam já para a greve

Assembleia geral mais concorrida de sempre juntou 220 magistrados judiciais em Coimbra.

Os juízes pediram este sábado ao Presidente da República, Cavaco Silva, que intervenha para “garantir o normal funcionamento dos tribunais”, o que implica a não aprovação dos cortes salariais propostos no Orçamento do Estado para o próximo ano e a alteração dos quadros dos magistrados previstos na última versão da reforma do mapa judiciário, um diploma em consulta pública até segunda-feira.

Os juízes decidiram não avançar já para a greve, uma forma de protesto usada apenas duas vezes após o 25 de Abril, mas mandataram a direcção para promover uma paralisação, caso a intervenção de Cavaco Silva não tenha efeitos.

Mais de 220 magistrados judiciais estiveram reunidos durante todo o dia numa assembleia geral extraordinária que se realizou no Palácio da Justiça de Coimbra.

O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), Mouraz Lopes, garantiu que esta “foi a assembleia foi a mais concorrida desde que a associação existe”, o que “é um sintoma do mal-estar que se vive na classe”. 
 
 

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