Marques Guedes garante redução de verbas nos gabinetes ministeriais

Ministro ouvido no Parlamento sobre Orçamento do Estado.

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Marques Guedes Rui Gaudêncio

O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, assegurou nesta quarta-feira que houve uma redução nas verbas atribuídas aos gabinetes ministeriais na ordem dos 17%, no Orçamento do Estado para 2014 (OE).

“Tentando aqui esclarecer alguma confusão que se registou, nomeadamente na comunicação social, posso dizer que, olhando para as verbas, a dotação média tem uma redução na casa dos 17%”, afirmou Marques Guedes, durante uma audição parlamentar sobre o OE.

O governante respondia a uma pergunta do PSD, numa audição focada nos sectores que tutela (igualdade de género, desporto e Impulso Jovem) e sem que fosse questionado sobre política em geral.

Marques Guedes referiu que tem existido “uma comparação mentirosa”, porque em 2013 existiam 10 membros do Governo no Conselho de Ministros e, agora, há 14, portanto “um aumento de 40%”.

“Em termos de gabinetes comparáveis, as diferenças estão na ordem de menos 25% de gastos. Por exemplo, o meu gabinete tem um decréscimo de 50 mil euros e eu era secretário de Estado e agora sou ministro da Presidência. Hoje tem 14 pessoas quando, no Governo anterior, tinha 15 e o secretário de Estado outras 16”, acrescentou. Quanto a despesas, o gabinete do primeiro-ministro prevê gastar “menos 250 mil euros face a 2013 e menos 15% quando comparado com 2010”, ainda com o Governo socialista de José Sócrates em funções.

Quanto ao programa Impulso Jovem, que foi referido pelas bancadas da oposição, Marques Guedes indicou que 77 mil jovens aderiram aos estágios, segundo dados do final de Outubro deste ano.

“A nível de retenção nas empresas após o estágio, a taxa de empregabilidade é de dois terços”, segundo o ministro, esclarecendo que o emprego pode não ser dado na empresa onde se realizou o estágio. Apesar das críticas dos deputados socialistas sobre o programa, o ministro argumentou que se trata de uma “experiência positiva”.

Relativamente à violência doméstica, à igualdade e tráfico de seres humanos, Marques Guedes referiu que o actual Governo “consignou 3,75% das receitas dos jogos sociais (2,5 milhões de euros) a estas áreas”.

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