Facebook deixa adolescentes partilharem publicamente

Vários estudos têm indicado que esta faixa etária, pelo menos nos EUA, está a perder interesse pela plataforma e a usar outros serviços.

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O funcionamento do serviço é uma aproximação ao de outras redes sociais Carlos Barria/Reuters

Numa tentativa de ser mais apelativo para adolescentes, o Facebook decidiu que estes podem agora escrever mensagens públicas, que podem ser vistas por qualquer pessoa na rede social. Até aqui, os adolescentes apenas podiam publicar para a respectiva rede de “amigos” e para os “amigos” destes.

Quando um adolescente decidir partilhar algo publicamente, porém, será repetidamente avisado de que o conteúdo pode ser visto por qualquer pessoa com uma conta naquele serviço.

Por outro lado, a rede social decidiu ser mais restritiva nas configurações pré-determinadas que estão em vigor quando um adolescente adere à plataforma. Agora, as publicações são vistas apenas pelos “amigos”, a não ser que o utilizador altere esta definição.

A medida surge quando o Facebook está a perder popularidade entre adolescentes, pelo menos nos EUA, onde mais do que um estudo tem apontado para um cansaço desta faixa etária em relação ao Facebook e para uma adopção de outras plataformas. Não há estudos ou dados estatísticos que permitam perceber se a tendência americana também se verifica em Portugal.

O banco de investimento americano Piper Jaffray publicou na semana passada os resultados de um inquérito segundo o qual o Twitter era a rede social preferida nesta faixa etária: 26% diziam usar sobretudo aquela plataforma, contra 23% que escolhiam o Facebook e outros tantos que optavam pelo serviço de partilha de fotografias Instagram (que o Facebook comprou). Já em Maio, um estudo do Pew Research Center, uma instituição de investigação dos EUA, indicava que os adolescentes daquele país viam o Facebook como um “fardo social”, embora fosse esta a rede social que mais usavam.

“Os adolescentes estão entre as pessoas mais capazes no uso dos media social, e, quer diga respeito a envolvimento cívico, activismo ou às suas opiniões sobre um novo filme, querem ser ouvidos”, escreveu a empresa, numa nota em que anunciou a mudança de funcionamento e na qual reconhece que se trata de uma aproximação ao que já acontece noutras redes sociais. “Esta actualização dá-lhes agora a escolha de partilhar de forma mais alargada, tal como nos outros serviços de media sociais”.

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