Governo quer cortar mais de 27 milhões na Segurança Interna

Redução da despesa será conseguida com a diminuição das contribuições para o subsistema de saúde e da saída de trabalhadores por aposentação.

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Por vezes, os agentes não denunciam os casos, dizem sindicatos Daniel Rocha

O Governo pretende reduzir em mais de 27 milhões a despesa na área da Segurança Interna patente no Orçamento de Estado (OE) para 2014. “As medidas transversais a aplicar em 2014 deverão conduzir à diminuição da despesa do programa orçamental da Segurança Interna em 27,2 milhões de euros”, refere o relatório do OE para 2014 ao qual o PÚBLICO teve acesso.

O documento explica que “grande parte desta poupança será o resultado da diminuição da contribuição da entidade empregadora para os subsistemas de saúde e da saída de trabalhadores por aposentação” e que “contributos menores virão da implementação do programa de rescisões por mútuo acordo para trabalhadores menos qualificados, da utilização do sistema de mobilidade especial e da redução de trabalho suplementar em consequência do aumento do horário de trabalho para 40 horas semanais”.

O orçamento para a Administração Interna é de 1.949 milhões de euros no próximo ano, verificando-se uma diminuição de 6,8 por cento face a este ano. O relatório ilustra que a despesa com pessoal (77,1%) absorve a maior fatia do previsto na despesa.

No subsector dos serviços e fundos autónomos, regista-se um acréscimo de 0,8 por cento na despesa. Um aumento justificado pelo orçamento da Autoridade Nacional de Protecção Civil e pelas despesas com o combate e prevenção de incêndios.

Por outro lado, há uma redução de 30,5 por cento na Empresa de Meios Aéreos por ser intenção da tutela extingui-la “pelo que apenas foi inscrito para 2014, o montante correspondente ao pagamento de serviços de manutenção e operação de meios aéreos próprios”, refere o relatório.

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