PSD reconhece que OE é “extremamente duro”, CDS admite recessão

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“É preciso alguma paciência", diz o deputado Miguel Frasquilho Pedro Cunha/Arquivo

O vice-presidente da bancada do PSD Miguel Frasquilho reconheceu que o Orçamento do Estado para 2014 “é extremamente duro e exigente”, mas salientou o princípio de repartição dos esforços e mostrou-se algo optimista sobre a possibilidade de a economia ter um crescimento positivo.

Já o CDS admitiu que os cortes de pensões e salários podem ter um “efeito recessivo”. Num ponto, os dois partidos da coligação estão de acordo: as medidas de austeridade não são novas, são conhecidas desde Maio passado.

Em reacção ao Orçamento do Estado para 2014, Miguel Frasquilho justificou as medidas de austeridade com a necessidade de cumprir os compromissos com a troika de credores internacionais, mas referiu propostas como a nova taxa sobre o sector bancário e a contribuição do sector energético como exemplos da repartição dos sacrifícios. Deixando uma “nota de esperança” de que o programa de assistência financeira se está a aproximar do fim, Frasquilho sublinhou que esta é a “única alternativa para o país” e não a opção do não pagar ou sair do euro.

Questionado sobre se estas medidas são compatíveis com o anunciado novo ciclo económico, o vice-presidente da bancada do PSD referiu os sinais positivos da economia nos últimos trimestres. “Não tenho razões para descrer que o crescimento positivo não acontece”, afirmou.

À questão de se as medidas de austeridade, como os cortes nas pensões e salários na função pública, podem ter um efeito recessivo, João Almeida, vice-presidente da bancada do CDS, reconheceu o perigo. “Há sempre esse risco. É por isso que o Governo defendeu uma outra meta do défice para 2014”, respondeu. Um ponto também sublinhado por Miguel Frasquilho.

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