António Cunha reeleito reitor da Universidade do Minho

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António Cunha foi nesta segunda-feira reeleito reitor da Universidade do Minho (UMinho) apontando como um dos principais desafios encontrar alternativas ao financiamento estadual e como objectivo o crescimento da instituição, encarado como uma responsabilidade para com a região.

No cargo desde 2009, após conhecida a votação do conselho geral que o reconduziu no cargo, Cunha reconheceu o actual "quadro de dificuldades", mas afirmou acreditar que "desapareçam as surpresas" no financiamento através do Orçamento do Estado, pelo que espera que os responsáveis ponham as questões com "clareza em cima da mesa".

O reitor referiu ainda o desejo de que a instituição minhota atinja, até 2015, 25 mil alunos e que se assuma "em todos os indicadores possíveis" como uma das três melhores universidades do país, além do reconhecimento internacional.

"Um dos principais desafios é com certeza encontrar alternativas em termos de financiamento adicionais face ao quadro que continuará a ser muito restritivo em termos de Orçamento do Estado", apontou.

Outros dos objectivos referidos por Cunha é o crescimento da instituição, para os 25 mil alunos até 2015, encarado como uma necessidade mas também como uma responsabilidade da UMInho.

"O crescimento da Universidade é muito mais do que uma perspectiva institucional. É uma obrigação face toda a expectativa que a região tem nesta instituição", disse.

"Existe espaço de crescimento na sociedade portuguesa e a nível internacional. O crescimento da universidade parece-nos que é uma das principais esperanças para o desenvolvimento e retoma económica desta região", completou.

O reitor afirmou também sentir o apoio da sociedade para com a UMInho, mas diz que esse apoio "não exclui o papel do Estado no financiamento da instituição", pelo que António Cunha assegurou que não vai deixar de "pugnar nos locais próprios para que o Estado não deixe de cumprir os seus compromissos com o Ensino Superior".

Isto porque, justificou, "Ensino Superior público é, certamente, um dos melhores investimentos” que se pode fazer no futuro deste país".

"Espero que, sobretudo, desapareçam as surpresas. Independentemente das situações com que vamos ser confrontados, [espero que] elas sejam postas com os responsáveis do Ministério com clareza em cima da mesa e que não continuemos a ser surpreendidos com coisas que acontecem depois, a todo o momento, e que vão criando entraves e reduções adicionais", avisou, em relação ao Orçamento do Estado, que será apresentado na terça-feira.

António Cunha reconheceu que "o quadro é de dificuldades" mas que a melhor maneira de enfrentar "as dificuldades é ter um quadro claro e não estar com sucessivas questões, com sucessivas dificuldades a este ou aquele nível, seja do ponto de vista da redução das dotações seja com dificuldades para utilização dos fundos com que as universidades são dotadas".

O conselho geral da UMinho decidiu a recondução e António Cunha no cargo com 13 votos a favor, 9 votos em branco e nenhum voto contra.

"Vejo com muito agrado que há 13 membros do concelho geral que acreditam que a universidade pode crescer e vai vencer o futuro", comentou.

 

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