Pelo menos dez mortos em incêndio em fábrica do Bangladesh

Registam-se, até ao momento, 50 feridos entre os trabalhadores, que estariam a fazer horas extraordinárias. Acidente ocorre apenas alguns meses depois de desastre que provocou a morte de mais de 1100 pessoas.

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O colapso do Rana Plaza em Abril levou a protestos pelas condições de trabalho nas empresas têxteis no Bangladesh Munir uz Zaman/AFP

Um incêndio numa fábrica de roupa nos subúrbios da capital do Bangladesh, Dhaka, causou pelo menos dez mortos e 50 feridos. A fábrica estaria fechada, mas alguns trabalhadores estavam a fazer horas extraordinárias, de acordo com a imprensa local.

Zafar Ahmed, um bombeiro citado pelo The Guardian, confirmou que foram encontrados dez corpos no edifício de quatro andares da fábrica Aswad Composite Mills. A origem do incêndio ainda não foi apurada.

As chamas alastraram a outros dois edifícios, que também alojavam fábricas de roupa, mas os bombeiros conseguiram conter o incêndio. Não se sabe se os outros prédios tinham pessoas no seu interior.

As condições de trabalho na indústria têxtil no Bangladesh têm sido objecto de críticas em todo o mundo, especialmente depois da derrocada de uma fábrica em Abril que causou a morte de mais de 1100 pessoas.

Na sequência desse desastre, algumas das maiores marcas de roupa, com fábricas no Bangladesh, prometeram fazer esforços para adoptar medidas de segurança e anti-incêndio nos edifícios. Entre essas empresas estavam a Inditex, a H&M e C&A.

Estima-se que a indústria têxtil dê trabalho a quatro milhões de pessoas e represente cerca de 20 milhões de dólares para as exportações do país.

Uma reportagem recente da BBC dava conta da prática de turnos de trabalho de 19 horas nas fábricas de roupa do Bangladesh.
 
 
 

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