Venda dos CTT: Portugal segue exemplos da Bélgica e do Reino Unido

Governo quer dispersar maioria do capital da empresa nacional em bolsa

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Operação de venda em bolsa do Royal Mail está agendada para a próxima sexta-feira AFP PHOTO/Leon Neal

O caminho escolhido pelo Governo português para concretizar a privatização dos CTT, acordada com a troika, seguirá os exemplos da Bélgica e do Reino Unido, ao prever a dispersão de parte substancial do capital do grupo em bolsa.

Na Bélgica, a venda da BPost através de uma oferta pública inicial (OPI) aconteceu em Junho, com a dispersão de mais de 23% do capital. Cada acção foi vendida a 14,5 euros, um valor próximo do patamar máximo que tinha sido definido (15 euros). No total forma alienados 56 milhões de títulos da empresa, que continua a ser detida em 50% pelo Estado.

Já no Reino Unido, a Royal Mail, uma empresa com 360 anos de história, tem a admissão em bolsa calendarizada já para a próxima sexta-feira, dia 11 de Outubro. O Governo britânico pretende vender entre 401 e 522 milhões de acções, o que corresponderá entre 40,1 e 52,2% do capital do grupo.

As acções serão vendidas entre 260 a 330 pence, o que significa que a Royal Mail foi avaliada num máximo de cerca de 4000 milhões de euros. A ideia do Estado é desfazer-se da totalidade do capital a longo prazo.

Em Portugal, apenas o modelo de venda é conhecido por agora, mas é previsível que sejam em breve conhecidas as condições da operação, que o Governo quer concretizar até ao final deste ano. A privatização dos CTT faz parte do programa acordado com as autoridades externas.

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