Passos entrevistado por 20 portugueses na RTP depois da polémica que adiou programa

Entrevista devia acontecer antes das autárquicas mas PS e PCP fizeram queixa à Comissão Nacional de Eleições por considerarem haver falta de igualdade numa altura eleitoral. Primeiro-ministro acabou por tomar a iniciativa de declinar a proposta. Seguro também já foi convidado.

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Na altura Passos acabou por declinar o convite para colocar um ponto final no problema Daniel Rocha

O primeiro-ministro vai ser entrevistado por 20 portugueses na quarta-feira à noite no programa da RTP “O País Pergunta”, que foi adiado depois de uma polémica que motivou queixas na Comissão Nacional de Eleições (CNE).

No início de Setembro, PS e PCP apresentaram queixas à CNE por considerarem que a RTP não estava a garantir a igualdade de tratamento entre os líderes político-partidários ao ter combinado transmitir uma entrevista ao líder do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no programa marcado para antes das eleições autárquicas de 29 de Setembro e do Orçamento do Estado para 2014.

Em declarações neste sábado à agência Lusa, o director da informação da RTP, Paulo Ferreira, indicou que já voltou a convidar o líder do PS, António José Seguro, para também ser entrevistado por 20 portugueses, em data a acertar.

“É um modelo que faz sentido para quem governa ou para quem está na primeira linha da sucessão da governação. É essa a nossa visão editorial”, afirmou Paulo Ferreira, confirmando que não pretende alargar o programa a outros líderes partidários.

“O País Pergunta” vai ser emitido na quarta-feira após o Telejornal, deverá ter a duração de uma hora e meia e será moderado por Carlos Daniel, que fará o reforço das questões, caso seja necessário.

Os 20 cidadãos foram escolhidos por duas empresas de estudo de mercado e é suposto serem representativos do país a vários níveis: em termos etários, regionais, profissionais ou socioeconómicos. As perguntas são escolhidas pelos próprios, que estarão em estúdio com o primeiro-ministro e líder do PSD.

Na altura da polémica, o programa foi adiado porque o próprio Passos Coelho declinou o convite para participar, perante as circunstâncias da altura e para resolver o impasse.

 

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