A região onde se vive e factores como a média etária do agregado familiar, o nível de habitações literárias e de rendimentos, são factores que influenciam o tipo de serviços de telecomunicações consumidos.

Um estudo encomendado à Indera pela Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações comprovou que o tipo de serviços de telecomunicações consumidos, bem como o grau de conhecimento que se tem sobre os mesmos, depende de vários factores socio-demográficos.

De acordo com a análise, cujos resultados se referem a lares com dois ou mais serviços fixos (estando ou não em pacote), as famílias com rendimentos mais elevados têm uma maior probabilidade de contratarem serviços de televisão paga e de triple play (televisão, Internet e telefone) e de estarem mais informados sobre a tecnologia de acesso à internet fixa e 4G.

Da mesma forma, os agregados com maior rendimento também realizam, em média, uma maior despesa com os serviços de telecomunicações.

São os agregados familiares mais jovens aqueles que mais contratam serviços em pacote – geralmente triple-play. Inversamente, os reformados, juntamente com os empregados por conta própria, apresentam menor probabilidade de contratarem pacotes triplos.

O estudo também conclui que, quanto maior é o nível de educação do principal responsável pelo agregado familiar, quanto mais jovens são os agregados e mais altos os rendimentos, maior é a probabilidade de conhecer a tecnologia 4G (a quarta geração móvel).

São também estes os agregados que mais contratam serviços de acesso à internet, a par dos estudantes e dos desempregados. O inverso acontece com os reformados.

Relativamente ao conhecimento das tecnologias de acesso à internet, constata-se que existe maior conhecimento sobre a internet fixa nos agregados com nível de educação mais elevado e com maiores rendimentos. Também nos agregados que adquirem internet integrada num pacote de serviços verifica-se uma menor probabilidade de haver desconhecimento quanto à tecnologia sobre a qual o serviço é prestado.