Jerónimo chama “foguetório” aos "sinais positivos" da economia

CDU em campanha em Alpiarça.

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Jerónimo defende que Governo tem condições para repor imediatamente os subsídios de férias e de Natal Nuno Ferreira Santos

O secretário-geral do PCP comparou nesta quinta-feira os alegados "sinais positivos" da economia valorizados pelo Governo a um "foguetório" e condenou a maioria e o Presidente da República por surgirem como "profetas do crescimento" após desmantelarem a produção nacional.

"Eles vão dizendo que já se vêem sinais em relação ao desemprego, à situação económica e nunca os portugueses vêem nada de jeito. É mero foguetório que dura tanto como um foguete para depois serem confrontados com a dura realidade", afirmou, referindo-se a declarações do primeiro-ministro, Passos Coelho, já depois de Cavaco Silva ter apelado a discursos a puxar pelo crescimento económico, sem esquecer o rigor orçamental.

Para Jerónimo de Sousa, que discursava num comício autárquico em Alpiarça, ouvir "esta gente" defender que Portugal está "no caminho do crescimento económico', obriga a várias interrogações: "quando? onde? em que sector económico?", frisou.

"Os mesmos que falam de crescimento e desenvolvimento, de aumento da produção, foram os mesmos - e estou aqui a meter um dos principais responsáveis, o então primeiro-ministro Cavaco Silva - que levaram à destruição do nosso sector produtivo", afirmou o líder comunista.

O também deputado do PCP defendeu que, durante as duas maiorias absolutas do PSD, lideradas pelo actual Chefe de Estado, "subsidiou-se para não produzir, para abater a frota pesqueira, para abater grandes empresas do sector da metalurgia e siderurgia nacionais".

"Arrasaram com a nossa agricultura e ei-los, agora, surgir como profetas do crescimento, amigo da economia. Esta é a grande mistificação que se verificou nestas eleições", disse.

 
 

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