Reforma "profunda" do IRC arranca em 2014

Imposto sobre o rendimento das empresas reduzido até 2018. Anteprojecto das Grandes Opções do Plano prevê reestruturação da política fiscal internacional.

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Comissão para a reforma do IRC, liderada porAntónio Lobo Xavier, apresenta proposta até 1 de Outubro Rui Gaudêncio

O Governo vai avançar com uma “reforma profunda e abrangente do IRC” já em 2014 e aponta 2018 como o prazo limite para a redução deste imposto sobre o rendimento das empresas.

De acordo com o anteprojecto das Grandes Opções do Plano (GOP) o modelo fiscal de tributação das empresas deverá “assentar num alargamento da base tributável do IRC e numa redução calendarizada da respectiva taxa até 2018: um horizonte temporal tangível e conciliável com o processo de consolidação orçamental que o país atravessa”.

A Comissão de Reforma do IRC, nomeada pelo Governo e liderada por António Lobo Xavier, tem em consulta pública até dia 20 as propostas de reforma do IRC. Nesta terça-feira, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e Lobo Xavier reúnem-se com representantes da CGTP, UGT e Ordem dos Economistas, em mais uma ronda de discussões com os parceiros sociais sobre as alterações ao IRC. A proposta final deverá ser apresentada até dia 1 de Outubro.

No anteprojecto das GOP lê-se ainda que é “determinante alterar o regime de obrigações declarativas existente em sede de tributação de empresas, através de soluções que reforcem a segurança e confiança dos investidores e promovam a atracção e fixação de investimento nacional e estrangeiro, reduzindo simultaneamente os custos de contexto”.

O Governo quer ainda reestruturar a política fiscal internacional de Portugal, “privilegiando o reposicionamento de Portugal como país exportador de capitais, designadamente em mercados internacionais considerados prioritários para o investimento português”.

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