Deloitte diz que Pescanova ocultou contas e que buraco é de 1667 milhões

A contabilidade da empresa apresenta vários erros e irregularidades incluindo a ocultação de dívida financeira.

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A consultora Deloitte, administradora do concurso de credores da Pescanova, estima que o buraco patrimonial da Pescanova é de 1667 milhões de euros e considera que a empresa ocultou contas e realizou operações fictícias.

O relatório, divulgado nesta quinta-feira por alguma imprensa espanhola, é o primeiro retrato independente do estado da empresa com sede na Galiza e que, segundo a Deloitte, acumula um passivo que a 30 de Abril era de 3674 milhões de euros.

O activo da empresa, refere o relatório, era na mesma data de 2007 milhões de euros pelo que o buraco' patrimonial é muito superior ao estimado pela consultora KPMG, a 31 de Dezembro do ano passado, em torno aos 927 milhões de euros.

Para que a empresa sobreviva, considera a Deloitte, é necessário um novo convénio de credores e uma reestruturação da empresa que passe tanto por vendas de activos como pela reorganização do negócio.

O relatório, que será central na reunião do Conselho de Administração marcado para 12 de Setembro, revela ainda que a contabilidade da empresa apresenta vários erros e irregularidades incluindo a ocultação de dívida financeira, compras e vendas irregulares ou a não contabilização de gastos financeiros.

Por isso, considera a consultora, a Pescanova não cumpriu “o requisito de manter a sua contabilidade ordenada, adequada à actividade da sua empresa, para permitir um seguimento cronológicos de todas as suas operações”.

A empresa não cumpriu o seu dever de elaborar balanços e inventários de forma periódica nem registou diariamente todas as operações relacionadas com a actividade da empresa.

 

 

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