Receio de ataque à Síria faz disparar preço do petróleo para máximo de dois anos

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Receio de ataque à Síria faz subir preços do "ouro negro".

Os preços do petróleo estão a negociar esta quarta-feira em forte alta, em Nova Iorque e em Londres, a reflectir o receio de um ataque à Síria, que pode ter implicações no fornecimento do petróleo por parte dos países vizinhos, que asseguram um terço da produção mundial.

O preço do barril de crude em Nova Iorque, para entrega em Outubro, já atingiu o máximo desde Maio de 2011, atingindo os 112 dólares o barril.

O Brent, que serve de referência para a Europa, e igualmente para entrega em Outubro, fixou máximo de seis meses, ao subir 26%, para 117,34 dólares o barril.

Os analistas da Société Générale, citados pela Bloomberg, já admitiram que o preço do brent poderá atingir os 150 dólares o barril, se o conflito afectar o fornecimento de crude assegurado pelo Médio Oriente.

A produção de petróleo da Síria representa menos de cinco por cento, mas os países vizinhos garantem cerca de um terço das vendas mundiais, fornecimento que pode sofrer perturbações em caso de ataque ao país.

Várias casas de investimento alertam para o rico da subida dos preços do petróleo poder anular o ténue crescimento económico da Europa. Este receio gerou ontem forte queda nos mercados accionistas.

Hoje, as bolsas europeias seguem com quedas modestas, com a bolsa de Madrid a negociar mesmo em ligeira alta. Os mercados norte-americanos, que ontem fecharam em queda, abriram hoje ligeiramente positivos.

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