Parlamento checo dissolve-se e abre caminho para novas eleições

Presidente deve convocar acto eleitoral para o final de Outubro.

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A dissolução do Parlamento foi aprovada por larga maioria AFP

Os checos deverão voltar a votar no final de Outubro, depois de nesta terça-feira o Parlamento se ter dissolvido, pondo fim a meses de indefinição. A dissolução foi aprovada por 140 dos 200 deputados da câmara baixa.

A votação desta terça-feira segue-se a uma profunda crise política, que se iniciou em Junho quando o Governo de Petr Necas se demitiu, envolvido no maior escândalo de corrupção desde a queda do comunismo no país.

Necas demitiu-se depois de uma colaboradora próxima, com quem alegadamente tinha um caso extra-conjugal, ter sido acusada de subornos e de abuso de poder.

O Presidente Milos Zeman formou em Julho um Governo de tecnocratas, liderado por Jiri Rusnok, mas o executivo não aguentou muito tempo, caindo na semana passada, debaixo de críticas dos partidos da direita, que acusaram o Presidente de ter tentado tirar poderes ao Parlamento.

Segundo o Guardian, as sondagens dão a vitória aos sociais-democratas liderados por Bohuslav Sobotka, embora sem maioria absoluta, o que poderá obrigá-los a fazer um acordo com os comunistas.

“É claramente possível esperarem negociações com o KSCM [o Partido Comunista]. Os comunistas estão presentes em várias câmaras municipais e lideranças regionais e não os vejo a causarem problemas”, disse Sobotka à Reuters, ainda antes da dissolução do Parlamento, embora garantindo que não adoptará o programa dos comunistas nem os convidará a entrar num governo de coligação.

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