Uma deputada afegã foi raptada numa província a sul de Cabul. Apesar de os sequestros serem cada vez mais frequentes no Afeganistão, normalmente as vítimas são pessoas ricas ou os seus familiares. Este foi o primeiro caso em que um parlamentar foi feito refém.

Os rebeldes afegãos têm, no entanto atacado cada vez mais mulheres. Fariba Ahmadi Kakar, deputada pela província de Kahdahar, foi a última, e foi raptada no sábado quando ia a casa celebrar o fim do Ramadão, segundo o diário britânico The Guardian.

A AFP adianta que a parlamentar foi parada num falso posto de controlo na província de Ghazni quando seguia de carro com os seus três filhos. Dois dias depois, as três crianças foram libertadas numa operação policial, mas Fariba Ahmadi Kakar teria já sido levada para outro local.

Um dirigente tribal envolvido nas negociações disse à mesma agência que os taliban pedem dinheiro e a libertação de quatro rebeldes detidos pelas autoridades. 

Pouco de ser conhecido o sequestro da deputada, os taliban tinham atacado o carro de outra política afegã, a senadora Rouh Gul Khairzad. Ela escapou, mas o marido e uma das filhas, com oito anos, morreram no ataque.

No mês passado, homens armados mataram a tiro a mulher com a posição mais alta na polícia, quando ela ia a caminho do trabalho, de mota.

Os taliban atacam colunas de veículos do governo ou do Exército, e fazem postos de controlo improvisados procurando funcionários do governamentais ou das administrações locais ou ainda das forças estrangeiras.

As mortes de civis aumentaram cerca de 25% na primeira metade de 2013, dizia um relatório recente da ONU – as mulheres e crianças estão a ser cada vez mais afectadas.