Israel vai libertar 26 presos palestinianos nos próximos dias

Grupo é o primeiro de quatro que o Governo israelita aceitou libertar, no âmbito de negociações de paz.

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Um painel governamental israelita decidiu neste domingo libertar 26 presos palestinianos nos próximos dias, no âmbito das negociações de paz, que vão ser retomadas após um hiato de três anos, segundo um comunicado oficial citado pela Reuters.

Estes 26 prisioneiros compõem o primeiro de quatro grupos a serem libertados, num total de 104 pessoas. A lista de nomes, que será publicada nesta segunda-feira, foi definida por três membros do gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e oficiais de segurança.

O painel liderado pelo ministro da Defesa, Moshe Yaalon, "aprovou a libertação de 26 prisioneiros", diz o comunicado do gabinete de Netanyahu, citado pela Reuters. Segundo o documento, dos 26 presos, 14 serão deportados ou levados para a Faixa de Gaza e 12 serão repatriados para a Cisjordânia.

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, exigiu a libertação destes homens, detidos antes de 1993, como condição para renovar as negociações de paz, suspensas desde 2010.

No mês passado, o primeiro-ministro israelita aceitou libertar os presos em quatro fases, dependendo do progresso das negociações. A ideia é que as conversações levem a um acordo de paz daqui por nove meses, segundo o objectivo fixado pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

Apesar da libertação de prisioneiros palestinianos, o Governo de Israel anunciou no domingo a construção de quase 1200 apartamentos em colonatos judaicos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. A Organização para a Libertação da Palestina já considerou que este anúncio é "extremamente perigodo" e põe em risco as tentativas de alcançar um acordo de paz.

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